‘O outro lado do paraíso’: Mariano vai jurar vingança contra Sophia

Foto:Reprodução/iBahia

Após levar tesouradas de Sophia (Marieta Severo) e conseguir sobreviver, Mariano (Juliano Cazarré) vai jurar vingança contra a vilã nos próximos capítulos de “O outro lado do paraíso“.

Quem cuidará dele será a Mãe do Quilombo (Zezé Motta). Quando o garimpeiro acordar, ela explicará o que aconteceu:

– Eu não sei quem você é. Chegou aqui sujo de terra e de sangue. Ferido, com as tripas de fora. Os olhos pedindo socorro. Mais um pouco e já não estava nesse mundo. Nem sei como se arrastou até minha porta. Nem donde veio. Mas você não é dessas bandas, não. Não fala. Guarda tuas forças. Acho que você não sabe, aqui é um quilombo. O povo me chama de Grande Mãe porque cuido de todo mundo aqui. O quilombo foi feito por escravos fugidos que se juntaram para viver em liberdade. Nós não tinha remédio. E tivemos que inventar os nossos. Refizemos antigas receitas africanas, guardadas na nossa memória.

Ela revelará que não contou para ninguém sobre a presença dele no local.

– Não sei se você pode estar fugindo. Quem te feriu. Mas eu não nego ajuda pra quem me pede – afirmará ela, que orientará o rapaz a repousar. – Tem que dormir para se recuperar. Tua barriga está toda costurada, não pode se mexer muito. Mas fica tranquilo. Eu vou cuidar de você até ficar bom.

Um tempo depois, quando já estiver um pouco mais disposto, o namorado de Lívia (Grazi Massafera) revelará quem o feriu:

– Foi uma mulher. Ela gostava de mim. Mas eu me apaixonei pela filha dela.

– Mulher ferida no coração vira bicho – observará a Mãe do Quilombo.

– Ela tentou me matar, sim. Me pegou de surpresa. Porque senão eu dava conta dela com um tapa. Mas ela foi esperta. Ela e um capanga, era meu amigo, mas virou capanga dessa mulher. Me enrolaram num lençol, me botaram num carro e me trouxeram para perto daqui. Acordei, ainda estavam me levando. Estava escuro, não viram que eu acordei. Ainda bem, senão ela terminava o serviço ali mesmo. Ele abriu uma cova. Mas era uma cova rasa. Foi a minha sorte, não tinha mais força, não. Fiquei lá, com a terra entrando na boca, sem ar. Mas eu tinha ouvido que não era cova funda. Ouvi o barulho deles indo embora, tratei de empurrar a terra. Saí daquela cova mais morto do que vivo. Não sabia onde estava. Eu me arrastei. Me arrastei sem saber para que lado estava indo. Segurei as tripas com a mão. Até ver de longe a casa da senhora. Não sabia onde tava, nem quem era. Vim para cá, estava amanhecendo. Nem tinha mais força pra pedir socorro – relatará ele.

Mariano dirá ainda que precisa ir embora:

– Quero dar o troco em quem fez isso comigo.

– Na hora certa vai sair. Mas, do jeito que tá, morre antes de chegar numa cidade. Se acalma. Toma esse chá. Vai descansar. Vai recuperar tuas forças.

– Tudo tem a hora certa. Até a vingança – encerrará ele.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amazônia onde a violência campeia sem controle

Conflitos gerados por invasões de terras configuram hoje o principal eixo estruturante da violência na Amazônia Legal, segundo conclui o estudo Cartografia das Violências na Amazônia.

Leia também

Publicidade