No capítulo desta quinta-feira de “O outro lado do paraíso”, Adinéia (Ana Lúcia Torre) tem uma conversa franca com Samuel (Eriberto Leão) após flagrá-lo vestido de mulher e na companhia de Cido (Rafael Zulu). “Estou morto de vergonha. Queria que o chão se abrisse, Queria sumir”, diz o médico. “Eu sempre soube”, afirma a sogra de Suzy (Ellen Rocche). “O quê?”, surpreende-se o diretor do hospital de Palmas.
De coração aberto, Adinéia revela a Samuel que nunca teve dúvida de sua orientação sexual. “Sempre soube não querendo saber. Cê nunca foi como teus irmãos. Desde garotos eles levavam as namoradinhas pra dentro de casa. Mas cê nunca aparecia com namorada. Uma vez ouvi um comentário da vizinha, falou alguma coisa de você. Cortei a amizade com ela. Respondi: meu filho é macho. Meu filho é macho”, recorda, completando: “Depois, cê cresceu, eu estranhava não aparecer com namorada. Teve uma…”. “Mara”, lembra o psiquiatra.
Ainda visivelmente nervosa, Adinéia manda Samuel limpar o batom que ainda está em seu rosto e segue desabafando: “Por isso insistia que cê trouxesse uma namorada, casasse. Boba, boba, eu sou tão boba. Imaginava que se casasse, mudaria. Mas não mudou. Manteve aquele apartamento escondido. As calcinhas. Agora sei por que a Suzy reclamava que as calcinhas desapareciam”. “Mãe, me perdoa, me perdoa”, implora o médico. “Perdoar? Cê consegue ser de outro jeito?”, questiona ela. “Eu tentei”, garante o psiquiatra. “Não conseguiu. Portanto, eu vou perdoar o que, se é como é? Talvez cê tenha que me perdoar”, diz a sogra de Suzy.
Em seguida, Samuel quer saber por que deveria perdoar a mãe. “Por não ter te entendido. Não é o dever de uma mãe compreender, amar o filho? Samuel, eu deixei você casar com aquela enfermeira ridícula. Praticamente te obriguei. Cê continua sendo meu filho”, frisa.
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