Ruínas de Joanes: marcas históricas da presença de jesuítas no Pará

As ruínas são compostas por antigos currais de peixes, campanário, dois poços de pedra e os destroços de uma igreja.

A Ilha de Marajó, localizada na foz do rio Amazonas no Arquipélago do Marajó, no Pará, é um lugar recheado de belezas naturais – e mistérios.  Em Salvaterra, no lado leste da ilha, um dos atrativos que chama a atenção e atrai turistas é um local que poderia despertar medo em muitos: as ‘Ruínas de Joanes’.


As ruínas são compostas por antigos currais de peixes, campanário, dois poços de pedra e os destroços de uma igreja, que guardam importantes referências da história paraense.
Foto: Reprodução/Setur PA

Localizada na parte leste da ilha, as ruínas são na Vila Joanes, que foi ocupada por padres franciscanos no século XVII. Os missionários desenvolveram diversas atividades na vila, como a construção da igreja. O local também se tornou um dos principais pontos de colonização da Ilha de Marajó e área estratégica para a Coroa Portuguesa.
Foto: Reprodução/Agência Pará

Na época, a colonização da Ilha avançou em passos lentos porque um comércio extrativista entre nativos e europeus já estava estabelecido. Coube a Portugal a missão de retirar os estrangeiros e investir na vinda de missionários.

No inventário turístico de Salvaterra, escrito pela Secretaria de Turismo do Pará, as ruínas são apresentadas como de origem jesuítica, afirmando que:

“Os Jesuítas, no século XVII, construíram a primeira igreja de Salvaterra, na localidade de Joanes, entretanto, com o passar dos tempos ela foi se deteriorando. Hoje, o que resta da construção são suas ruínas, que despertam curiosidade e interesse do visitante em conhecê-las”.

Trecho registrado nos documentos disponibilizados pela SETUR-PA.

Foto: Reprodução/Setur PA

Poço dos Jesuítas 

São contadas pelos mais antigos, histórias sobre esses poços que foram construídos pelos jesuítas, e representavam uma divisão social, pois um era utilizado pelos portugueses e o outro pelos escravos. Um deles localiza-se no Distrito de Monsarás. 

A chegada dos franciscanos 

Um dos responsáveis por trazer equilíbrio para a comunidade foi o padre Antônio Vieira. Os padres franciscanos chegaram depois de um tempo e ajudaram a desenvolver a vila. Atualmente, as ruínas são consideradas ‘Sítio Arqueológico de Joanes’ e se tornaram um dos principais atrativos do local, seja pelas belezas naturais ou ponto histórico, que atrai curiosos, turistas, pesquisadores e estudantes.

As ruínas carregam consigo grande carga histórica para a região e para a comunidade da Vila de Joanes, com isso, o intuito em mantê-las erguidas e apropriadas à visitação é prioridade para os moradores, principalmente pela  importância de manter parte da história da Amazônia viva.

Foto: Ana Laura Melo

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