Dos seis polos turísticos do Pará, o Tapajós surge como um dos roteiros mais fascinantes. Um dos destinos mais conhecidos nessa região é Santarém, por onde o turista pode chegar por estrada, rio ou via aérea – o modal mais rápido. Do Aeroporto Internacional de Belém saem voos diários para a cidade e a viagem dura, em média, uma hora.
Entre os muitos encantos da “Pérola do Tapajós”, como é conhecida Santarém, está a praia de Alter do Chão, nome dado em homenagem à cidade homônima que fica em Portugal. Também chamada de “Caribe da Amazônia”, a vila balneária é uma das mais procuradas por turistas de todas as partes do Brasil e do exterior.
O acesso até a vila é feito pela PA-457, em um trajeto de cerca de 30 quilômetros, saindo de Santarém. A rodovia é asfaltada, o que garante maior segurança e rapidez no deslocamento. É possível fazer o trajeto de táxi ou de ônibus. A travessia da orla para a faixa de areia, que surge quando as águas do Tapajós começam a baixar, a partir do mês de agosto, é feita pelas catraias, pequenas canoas com capacidade para quatro pessoas.Em Alter do Chão, o turista pode pagar por passeios de barco, que saem a todo momento em direção às praias, lagos e comunidades próximas. Um deles é o que leva até a praia do Pindobal, já pertencente ao município vizinho de Belterra. No caminho, ainda tem as praias do Cajueiro, Muretá, Caxambu e Jurucuí, que também guardam lagos de águas escuras e geladas. O passeio de lanchas para as localidades mais próximas tem duração de uma hora, com retorno após o pôr do sol ou a combinar com o barqueiro.
Em setembro, é quando a ponta de praia fica mais visível e, dependendo da intensidade do estio, pode se estender por até dois quilômetros, proporcionando aos visitantes um cenário de rara beleza, que nesse período recebe centenas de pessoas atraídas pela fama do lugar.
No mês de setembro, a vila de Alter do Chão é palco de umas das maiores manifestações da cultura popular local: a festa do Sairé. Tradição de quase 300 anos, o festival mistura elementos religiosos e profanos, marcados pela tradicional disputa dos botos Tucuxi e Cor de Rosa. A festividade é realizada sempre no mês de setembro. Em 2014, os grupos ganharam galpões que servem para os ensaios e abrigam as alegorias e fantasias confeccionadas para o evento. O espaço foi construído próximo ao Sairódromo, no bairro Nova União, onde os grupos se apresentam. A obra recebeu investimento de R$ 1,5 milhão do Governo do Estado.