Distante 283 quilômetros de Palmas, o município tocantinense representa uma das cidades mais antigas do Estado.
Você já foi a um lugar com muitas belezas naturais, cercado de praias, paisagens incríveis, além de animais e plantas, e se perguntou a história daquele lugar? Talvez sim, talvez não.
E talvez a história de Araguacema, município de Tocantins distante 283 quilômetros de condução de Palmas, seja a de um desses locais que surpreende. A cidade representa uma das mais antigas do Estado e nasceu com uma política nacional de proteção do território brasileiro.
Histórico
Os vestígios de colonização são desde o ano de 1812, com a Fundação do Presídio de Santa Maria. O então presídio era destinado à proteção do comércio e navegação e ficava mais ao norte da atual cidade de Araguacema.
Cerca de 80 pessoas, incluindo soldados à paisana, protegiam o lugar. Contudo, em 11 de fevereiro de 1813, o local foi cercado e assaltado por indígenas Carajás, Xavantes e Xerentes.
Durante a noite, o comandante resolveu embarcar com todos os habitantes do presídio em dois botes disponíveis, fugindo rio abaixo.
O Príncipe Regente Dom João, ao ter conhecimento da destruição do presídio, determinou por aviso de 3 de dezembro de 1813, o restabelecimento do mesmo. O fato ocorreu apenas no Governo de Goiaz, de José Martins Pereira de Alencastro.
Na época o evangelizador Frei Francisco, do Monte São Victor, foi ao local com algumas famílias da cidade de Boa Vista (atual Tocantinópolis) e deu início à construção de uma capela e povoamento da região.
Em 1870, o sertanista e desbravador General José Vieira Couto de Magalhães fundou a Companhia de Navegação a Vapor do Rio Araguaia, e estabeleceu a sede nas instalações do presídio.
Em 1930, deu-se a mudança da sede da vila de Porto Franco (hoje Couto de Magalhães) para o povoado de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), que foi elevada à categoria de vila em 18 de março de 1931, e em 30 de março do mesmo ano, foi elevada à categoria de cidade.
A origem do nome Araguacema foi sugerida por Manoel Athaide da Graça Leite e é em homenagem ao Rio Araguaia (araguaia = rio e cema = água, da língua Tupi) sendo então a ‘cidade das águas’.
Ruínas
Outro marco importante da história do município é o conjunto de ruínas de um antigo frigorífico, implantado em 1943, cuja finalidade era abastecer as Forças Armadas Brasileiras, no final da Segunda Guerra Mundial.
O presídio de Santa Maria do Araguaia também tomou espaço da antiga Igreja de Nossa Senhora da Divina Providência, cujas ruínas ainda estão presentes ao lado da atual instalação da igreja.
Denominações anteriores
Antes de se chamar Araguacema, o município teve outros nomes: Vila de Porto Franco, Couto Magalhães e Santa Maria do Araguaia. Era um dos maiores do Brasil em extensão territorial e dele foram desmembrados os municípios de:
Miracema do Tocantins, Dois Irmãos do Tocantins, Arapoema, Goianorte, Tupirama, Couto de Magalhães, Pequizeiro, Itaporã do Tocantins, Abreulândia, Caseara, Marianópolis do Tocantins, Bandeirantes do Tocantins, Barrolândia, Bernardo Sayão, Brasilândia do Tocantins, Colinas do Tocantins, Divinópolis do Tocantins, Fortaleza do Tabocão, Guaraí, Juarina, Marianópolis do Tocantins, Miranorte, Monte Santo, Pau-d’Arco, Colméia, Presidente Kennedy, Rio dos Bois, Tupiratins.
Turismo
Para além do contexto histórico, o município é muito procurado por suas paisagens naturais e praias, como a Praia da Gaivota, uma das maiores em extensão do Estado e, por isso, muito visitada por turistas nos períodos de férias.
A praia é ideal para quem gosta de aliar lazer, natureza e diversão. Nesta época do ano, muitas pessoas praticamente mudam para a praia que conta com iluminação, água tratada, telefone público, internet, palco, pista de dança, barracas de alimentação e área de camping.