No horizonte do espaço aéreo paraense, mais um voo internacional e outra companhia estrangeira estão prestes a desembarcar na capital paraense. Um voo Belém-Buenos Aires (ARG), realizado pela GOL, tem início das operações previstas para julho deste ano, ao passo que a companhia colombiana/brasileira Avianca fará voos diretos de Belém para Brasília e também para Guarulhos (SP), a partir de junho de 2018.
As novas rotas se somam aos outros voos diretos internacionais já ofertados partindo da capital paraense: Belém-Lisboa (Portugal), realizado pela TAP; Belém-Miami (EUA), feito pela Latam; Belém-Caiena (Guiana Francesa) e Belém-Fort Lauderdale (EUA), operados pela Azul; Belém-Paramaribo (Suriname), já realizado pela GOL; e ainda voos Surinam Airways, que também faz rota para Caiena e Paramaribo. Desta forma, a malha aérea internacional ofertada ao paraense e aos mercados emissores de turistas com interesse de conhecer o estado abrange, através das conexões aéreas existentes com estas linhas, boa parte da América do Norte, Central, do Sul e Caribe, Europa e Ásia. Somente a título de exemplo, o Aeroporto de Lisboa é o mais proeminente Hub aéreo da Europa para o Brasil.
De acordo com o secretário de Estado do Pará, Adenauer Góes, “o principal é cumprir o planejamento elaborado para alcançar as metas propostas”. “O trabalho é contínuo de articulação junto a classe empresarial e aos gestores públicos municipais, bem como investimento em qualificação e capacitação profissional do setor, ampliação das vias de acessibilidade em seus diferentes níveis de mercado e modais de transporte, de criação e implementação de rotas turísticas, de formatação e consolidação de produtos, promoção, marketing, pesquisas estatísticas, infraestrutura básica, etc. O objetivo maior é o incremento do fluxo e da receita proveniente do turismo como fator de desenvolvimento econômico e social”, explica, ao destacar que cabe ao mercado se apropriar da estrutura oferecida e assim dinamizar a atividade turística no estado, no que contemplam os assentos e os porões da aeronave.
Para o superintendente da Infraero em Belém, Fábio Rodrigues, é preciso confiança na infraestrutura para que se possa fazer um planejamento e implantação desse porte funcionar. “Para que o turismo possa acontecer a maior autoridade aqui e razão de ser é o passageiro”, disse. Ele destacou ainda a posição geográfica privilegiada de Belém “para que haja uma ligação do Brasil com o mundo”. Ele tem trabalhado com pesquisas quantitativas e qualitativas para melhorias em 37 áreas ou atividades existentes no Aeroporto Internacional de Belém, as quais a Setur tem colaborado com seus dados e expertise dos técnicos do órgão, a fim de entender e compreender melhor as necessidades e demandas dos passageiros.
Estratégias
A política do governo Simão Jatene em desonerar o ICMS sobre o combustível de aviação – atualmente o tributo cobrado é de apenas 3% quando as aeronaves abastecem em solo paraense – deu ao planejamento da Secretaria Estadual de Turismo (Setur) poder para negociar junto às companhias aéreas, o que favoreceu a atração de novos voos, ampliando gradualmente a malha aérea do Estado.
Por trás da estratégia, uma meta ambiciosa e desafiadora: tornar Belém o hub aéreo da região Norte do país. Um Hub é o centro de logística de uma empresa aérea. É uma engenharia complexa que pode determinar o sucesso ou fracasso de uma companhia, englobando abastecimento de aeronaves, armazenamento e transporte de cargas, conexões de passageiros e distribuição de voos, a fim de reduzir custos operacionais e proporcionar ganhos de escala ao negócio da aviação.