Balneário no Acre se transforma em atração turística “dupla” ao se tornar ponto de pesca

Novo hábito vem ganhando força entre frequentadores do Igarapé Preto, no município de Cruzeiro do Sul. Pesca é feita de várias formas como: tarrafa, caniço e até mesmo com garrafa plástica.

Foto: Carla Carvalho/Rede Amazônica AC

O balneário Igarapé Preto, conhecido ponto turístico de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, é um dos destinos favoritos de quem busca lazer, contato com a natureza e se refrescar do calor da cidade. O local é um dos mais visitados no município e os banhistas estão aproveitando o momento no espaço para pescar peixes e já preparar o tira-gosto.

O balneário fortalece o turismo ecológico e a economia local no Vale do Juruá, nos feriados e fins de semana, e recebe, além dos moradores da cidade, turistas de várias regiões que aproveitam a tranquilidade das águas escuras. Nos últimos dias, o que tem chamado atenção é um hábito que vem ganhando força entre os frequentadores: pescar o próprio peixe, assar e saborear ali mesmo.

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O pedreiro Gevaldo Andrade comentou que quando sai de casa já vai levando sua tarrafa, que é uma rede circular utilizada para capturar peixes. “É almoço aí, tem que dar uma pescadazinha. O pessoal fala que está dando uma piabazinha, viemos tomar um banho e já trouxemos a tarrafa também” (sic), explicou.

A dona de casa Rosane Nascimento também confirmou que não vai ao Igarapé Preto apenas para tomar banho.

“Não é só tomar sol não. É pescar piaba e comer. A gente não estraga não, nós tratamos tudinho, eu e as minhas vizinhas, aí a gente frita e come lá na beira da rua. Tô tirando o gosto com a cervejinha”, confessou.

Foto: Carla Carvalho/Rede Amazônica AC

O eletricista Francisco Bonfim atestou que o peixe como tira-gosto com uma cerveja é o que ele busca ao frequentar o ponto turístico.

“Um banhozinho legal, uma cervejinha que é de lei né, pra refrescar. Um dos pontos que eu mais gosto é pescar, pescando pra mim tá bom demais e pegando melhor ainda”, disse.

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Os métodos para pescar são os mais variados. Não importa se é com anzol ou tarrafa, cada pescador escolhe a forma que mais se identifica. Alguns, inclusive, já estão aderindo à uma nova modalidade: a pesca usando apenas uma garrafa plástica.

A autônoma Ednarlene Silva vai principalmente ao balneário para pescar. “A maioria pega na tarrafa. Eu pesco de caniço [cana fina e comprida usada para pescar]. Pesco de linhazinha, de litro, pegando no litro”, alegou ela.

*Por Carla Carvalho, da Rede Amazônica AC

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