O objetivo da discussão é construir, de maneira conjunta, sistemas produtivos de referência, com foco na produção de alimentos com qualidade nutricional e na conservação do meio ambiente.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tem trabalhado para promover a produção sustentável nas aldeias e garantir segurança alimentar aos povos indígenas. Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Funai realizou a primeira etapa do encontro ‘Sistemas de Produção de Referência para Mitigação do Clima e da Fome’.
O encontro, realizado no mês de abril na Terra Indígena (TI) Araribóia, no município de Amarante (MA), reuniu representantes indígenas para discutir os principais desafios para viabilizar a produção de alimentos nas aldeias.
O objetivo da discussão é construir, de maneira conjunta, sistemas produtivos de referência, com foco na produção de alimentos com qualidade nutricional e na conservação do meio ambiente, considerando os conhecimentos tradicionais indígenas. O projeto discutido visa auxiliar na alimentação direta das comunidades beneficiárias e na geração de renda e, também, contemplar os aspectos ambientais. Com a implantação do modelo de referência, a expectativa é multiplicar esses conhecimentos e técnicas para as demais aldeias e, assim, reverter a problemática da fome e do clima na TI Araribóia.
Por meio da Coordenação Regional (CR) do Maranhão, a Funai apoiou a logística do evento. O órgão indigenista disponibilizou veículos para o transporte dos indígenas, forneceu alimentação e colocou servidores à disposição. Cerca de 80 famílias Guajajara/Tenetehar de diversas aldeias da TI Araribóia foram capacitadas no encontro. O técnico em Indigenismo da Funai no Maranhão, Raimon Raimere, destacou a importância do debate.
“Esse foi um evento excelente. Diversos representantes de organizações indígenas da TI Araribóia se encontraram para algo que é importante para todos: a questão da fome e do clima. Nunca é demais ressaltar a importância das terras indígenas para o equilíbrio do clima no Brasil e também não podemos deixar de discutir a produção de alimentos nas terras indígenas. As duas coisas são necessárias e interdependentes”, pontuou.