‘Escola do chocolate’ visa ajudar crescimento sustentável da cultura do cacau em Rondônia

De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.

Pensando no crescimento sustentável da cacauicultura de Rondônia, professores, alunos, técnicos e produtores rurais desenvolveram o projeto ‘Escola do Chocolate‘. O projeto é realizado no campus Jaru – município líder na produção do fruto no Estado -, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro).

De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.

Foto: Divulgação/Ifro

Viveiro, mudas e processamento 

O projeto é desenvolvido em dois eixos: viveiros e mudas, e processamento do cacau.

No primeiro eixo, a coordenadora é a professora Andreza Pereira, do campus de Ji-Paraná. No município, ela, junto dos alunos, desenvolve testes para produção de mudas clonais por meio de estaquia, além de fazer pesquisas para aproveitamento dos resíduos do cacau.

O segundo eixo, voltado a atender produtores rurais, cacauicultores e chocolateiros da região, promove, em parceria com o Sebrae, oficinas e minicursos sobre processamento do chocolate, análise sensorial e classificação do cacau.

De acordo com o Ifro, um projeto de agroindústria para processamento do cacau com 745 metros quadrados já foi desenvolvido. Segundo a Instituição, o projeto será licitado no primeiro semestre de 2024 e será construído no Campus Jaru.

Títulos 

A ‘Escola do Chocolate’ foi pensada depois que vários produtores de Rondônia foram destaque em competições nacionais que avaliam a qualidade do cacau de todo o Brasil. Em 2023, dois produtores rondonienses ficaram em 1º lugar no V Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil:


– O produtor Deoclides Pires da Silva, de Jaru, foi campeão na categoria Varietal, com a variedade CCN51;

– O produtor Robson Tomaz, de Nova União, foi campeão na categoria Mistura.

Indicação Geográfica

O cacau produzido em Rondônia recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) na espécie Indicação de Procedência (IP). O registro foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo de Indicação Geográfica é concedido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.

De acordo com o Inpi, o cacau produzido em Rondônia “possui sabor inconfundível e uma gordura de qualidade diferenciada para a produção de alimentos achocolatados de consistências e sabores diversos”.

*Por Thaís Nauara, do g1 Rondônia

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