Quer se diferenciar? Seja humano, esse é o seu dom!

No processo de desenvolvimento da civilização humana e de um “adestramento” de comportamentos fomos nos distanciando progressivamente das camadas mais intuitivas, inspiracionais e criativas do ser humano.

Atualmente, os profissionais e as organizações de qualquer porte e segmento buscam incessantemente uma forma de diferenciar-se dos competidores e da concorrência com o único objetivo: ganhar a nossa atenção para transmitir a mensagem de que são melhores, pioneiros, inovadores etc.

Muitos de nós são seduzidos pelo hype, pelas frases de efeito e pelas novas tendências do mundo, como a de que continuamente devemos nos reinventar para a perpetuação do negócio e a geração de riqueza monetária.

#ficaadica: Um ponto de atenção aqui, cuidado com as hypes! Pois são nesses momentos que surgem alguns fanfarrões que vendem aquilo que nunca foram preparados para oferecer.

Foto: Vitor Raposo/Arquivo Pessoal

Voltando…

O ponto central é que grande parte das pessoas movidas pelos modismos estão se esquecendo da essência que nos diferencia: somos seres humanos! Somos únicos, ímpares, diferenciados pela própria natureza humana cada qual com o seu respectivo DNA. Quer diferenciação melhor do que essa? Para quê estudar em Harvard, MIT, Cambridge entre outras se você não prestou a menor atenção na aula de biologia no ensino fundamental? Lembra das mitocôndrias?

Como humanista, empreender nunca foi sobre modelo de negócio ou sobre gerar riqueza monetária, mas sempre foi e sempre será sobre desenvolver o melhor nas pessoas que trabalham comigo para que possamos oferecer produtos e serviços que evidenciem o que há de melhor em nossos clientes e, como resultado, provocarmos mudanças na sociedade.

Para isso, busquei continuamente me inspirar em pessoas comuns com jornadas grandiosas. Seres humanos que, assim como eu, são repletos de virtudes e de pontos a serem aperfeiçoados, mas que através da curiosidade, da genuinidade e da inquietação romperam barreiras que eram intransponíveis – para os demais, nunca para eles!

Um ponto importante é que há muitas décadas, ou melhor dizendo, no século passado (me senti um ancião agora) aprendi que a perfeição e a inovação estão na simplicidade.

Ou seja, quando remetemos isso à nossa carreira ou aos negócios, devemos compreender que ambas vem da subtração e não da adição. Pois, a virtude da experiência (que nada mais é que o acúmulo de lições aprendidas pelos nossos erros) pode tornar-se uma desvantagem e nos iludir porque, em determinado momento, passamos a acreditar que já sabemos todas as respostas para os desafios da vida e dos negócios.

Outro ponto importante é que sempre acreditei no poder das pessoas comuns de inspirar outros seres humanos por causa de uma característica que permeia a todos nós: a fragilidade.

E é exatamente neste momento de incertezas, de mudanças e de desconfiança que a fragilidade e o conhecimento devem tomar o lugar, pois ambos não devem gerar respostas definitivas e sim gerar perguntas inteligentes para que possamos ultrapassar as novas barreiras e continuar nos diferenciando. 

“Eu não tenho nenhum talento especial, sou apenas apaixonadamente curioso”.

Albert Einstein

No processo de desenvolvimento da civilização humana e de um “adestramento” de comportamentos fomos nos distanciando progressivamente das camadas mais intuitivas, inspiracionais e criativas do ser humano. Paralelamente, com o advento e os avanços tecnológicos, nos permitimos, diariamente, sermos bombardeados por uma quantidade tão grande de informações que em nada nos agrega.

Como seres humanos, precisamos entender que a quantidade de conhecimento sendo criado, descoberto e recombinado neste exato momento é incomensurável; portanto, ter a consciência de que não iremos saber de tudo e que não teremos sucesso sempre não é vulnerabilidade, é simplesmente lucidez.

Desta maneira, procure unir a sua fragilidade e o seu conhecimento para se diferenciar e regularmente utilize um atalho para o seu desenvolvimento: inspire-se em pessoas comuns com jornadas incríveis. Eles estão por todos os lados e mais perto do que você possa imaginar.

A essência dos negócios para mim sempre foi oferecer o que há de melhor em mim como ser humano para outro ser humano. Esse lance de B2B, B2C e demais acrônimos nada mais são do que tipificações mercadológicas porque em essência o foco sempre deverá ser as pessoas.

Por fim, parafraseando o autor americano Simon Sinek, o objetivo das organizações não deve ser fazer negócios com quem simplesmente quer o que você tem, devemos nos concentrar nas pessoas que acreditam no que você acredita, como humanos.

Portanto, diferencie-se: seja humano, esse é o seu dom!

Spoiler: Com o objetivo de compartilhar a história dessas pessoas comuns e suas jornadas incríveis, criei o projeto: Podcast Ser Humano. Onde todos poderemos descobrir a essência de seres humanos inspiradores, nos inspirar em histórias reais e refletirmos sobre como ser genuíno influencia diretamente em nossa realidade e no mundo em que vivemos.

Foto: Reprodução/Ser Humano Podcast

Meus convidados são pessoas que causam impacto positivo na sociedade e conseguiram atingir um patamar importante em suas carreiras. Você poderá acompanhar essas histórias nas plataformas digitais e assistir pelo YouTube.

Sobre o autor

Vitor Raposo é Humanista e Empreendedor. Doutorando e Mestre em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciências Sociales – FICS; especialista em Inovação e Negócios pela Nova Business School, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Fundador da Hayashi, sócio da TravelCorp e da Sala VIP Harmony Lounge no Brasil e da Rede Consultoria Educacional em Portugal. Atua como voluntário no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista
 

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