Duas lições portuguesas para transformar um país

A inovação e a criatividade são essencialmente sobre fazer conexões inesperadas – e que melhor maneira de fazer isso do que reunir pessoas de diferentes áreas para discutir ideias juntos?

Caríssimos leitores,

Ao longo dos últimos 15 dias estive fazendo uma imersão no ecossistema português através de cursos de inovação e eventos. É fantástico perceber as diversas iniciativas que poderíamos adotar em nossa região para transformar a realidade amazônica.

De todas, vou compartilhar duas que são arrebatadoras.

Web Summit Lisboa 2021. Foto: Vitor Raposo/Arquivo pessoal

1. Eventos internacionais com o intuito de inovar todos os ecossistemas do país

Portugal investe pesado na captação de grandes eventos com o intuito de fazer o conhecimento “permear” o país. Neste aspecto, o Web Summit é determinante para percebermos como Portugal vem dinamizando e consolidando a sua estratégia de se tornar um hub global diferenciado na Europa.

Na minha perspectiva, o evento contribui pela possibilidade de experimentar e vislumbrar o quê está sendo “pensado” em todos os cantos do mundo, ou seja, é um grande laboratório, apresentando cases e tendências de altíssimo nível. Como um curioso genuíno, acredito que o evento me ajudou a fazer novas perguntas e descobrir novos horizontes. 

Na minha opinião, este não é um evento para você buscar e encontrar respostas, e sim de quebrar a cabeça para fazer perguntas melhores.

Vitor Raposo

2. A construção de uma comunidade global

Outro ponto que gostaria de ressaltar é a possibilidade de realizar conexão com pessoas do mundo todo, seja no evento ou nos diálogos/reuniões que realizei. Sem sombra de dúvidas, este foi um dos pontos principais.

Lamentavelmente, não existe (ainda* – em breve estarei lançando um projeto piloto) uma comunidade que seja efetivamente eficaz em envolver todos os ecossistemas e pensar em novas soluções para a cidade de Manaus e para o Estado do Amazonas.

A comunidade portuguesa está totalmente direcionada para a revolução do país como um todo, utilizando comunidades globais, tecnologia e inovação como ferramentas para isso.

O papel das comunidades globais é de fundamental importância para o futuro da nossa região. Logo, se você não estiver envolvido, você se manterá dentro de um silo e estará alheio às diversas oportunidades da comunidade global.

Até breve!

Sobre o autor

Vitor Raposo é empreendedor em diversos segmentos, mentor, consultor e professor. Doutorando em Humanidades e Artes pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina; especialista em inovação e negócios pela Nova Business School em Portugal, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM). 

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista   

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Contaminação por mercúrio de peixes do rio Madeira é o dobro do aceitável no Amazonas

Estudo realizado pela UEA também mostrou grande presença de coliformes no Rio Negro.

Leia também

Publicidade