A Sociedade 5.0

A utilização interdisciplinar e multidisciplinar de várias tecnologias inovadoras têm o propósito de promover um futuro seguro aos cidadãos, concentrando-se em vários setores importantes.

Este ano iniciamos a terceira década do Século XXI e, em pouco mais de 7.300 dias, já tivemos mais oportunidades de aprendizado do que toda a história da humanidade. Você pode não ter percebido, mas vivemos as duas décadas mais revolucionárias da história da humanidade até agora!

Por que “até agora”? Simplesmente porque a Sociedade 5.0 vai transformar o mundo em menos tempo do que qualquer outra revolução na história da humanidade! Estamos iniciando uma era mais humana, mas isso não significa que viveremos tempos harmoniosos ou zen. Essa nova era vai demandar mudanças na forma que interagimos enquanto sociedade e habitantes do planeta Terra.

Foto: Deva Darshan / Pexels

A Sociedade 5.0 surge como consequência evolucionária da Indústria 4.0 e busca posicionar o ser humano como foco da inovação e da transformação tecnológica, enquanto a Indústria 4.0 é centrada na fabricação e no produto. A utilização de tecnologias inovadoras, interdisciplinares e multidisciplinares, tem o propósito de promover um futuro seguro aos cidadãos, concentrando-se em vários setores importantes. 

Com o mundo mais digitalizado e tecnológico, as empresas e os profissionais precisarão se adaptar aos novos tempos, pois surge a necessidade de aprender e desenvolver diversas competências importantes deste novo cenário. Neste momento, entram em cena os Lifelong Learners (eternos aprendizes – nunca é cedo ou tarde demais para aprender).

As competências para essa nova sociedade vão desde as mais específicas até as mais transversais – como autonomia, responsabilidade, interação social, desenvolvimento pessoal e profissional, liderança, comunicação, competências de resolução de problemas, trabalho em equipe e criatividade.

O conceito da Sociedade 5.0 surgiu no Japão, em 2015, de uma iniciativa estratégica da política nacional daquele país, colocando o avanço da tecnologia para melhorar a qualidade de vida, responsabilidade social e sustentabilidade.

Fonte: Keidaren 2016

Ao longo da história, a humanidade evoluiu como sociedade da seguinte forma:

  • A Sociedade da Caça (1.0) – coexistência entre os humanos e a natureza, tendo os seres humanos um papel de caçadores-coletores – eram o que chamamos de nômades;
  • A Sociedade da Agricultura (2.0) – os seres humanos promoveram a primeira revolução saindo de uma vida nômade para uma sedentária quando iniciaram o domínio da agricultura;
  • A Sociedade Industrial (3.0) – advento da Revolução Industrial, surgimento do motor a vapor e aumento da produção de bens de consumo;
  • A Sociedade da Informação (4.0) – a Era da Informação com a comunicação em tempo real, mundo digital e processamento de grande quantidade de dados.
  • A Sociedade Superinteligente (5.0) – a sociedade tem, nos computadores e na hiperconexão das tecnologias, um modo de vida mais inteligente, eficiente e sustentável na busca de soluções para os dilemas sociais, melhora da qualidade de vida e do bem-estar do ser humano.

A preocupação com o envelhecimento da população japonesa foi o estopim que desencadeou o surgimento da Sociedade 5.0 e a aplicação da tecnologia para lidar com este novo paradigma.

Mas… e a sociedade manauara e amazonense? Quais serão os estopins necessários para nos adaptarmos a essa transformação?

Este é o grande desafio que temos neste momento: como utilizar a tecnologia, a ciência, a inovação e a biodiversidade para alcançar os melhores resultados, que nos auxiliem na superação de nossos desafios atuais, ao mesmo tempo que nos direcionam à Sociedade 5.0?

Este será o tema da nossa próxima coluna! Nos encontraremos em breve!

Tempo é vida!

Vitor Kurahayashi

Vitor Kurahayashi é mentor e consultor, diretor no grupo TravelCorp, fundador da Hayashi Consultoria, professor em MBA nos cursos de Gerenciamento de Projetos e Gestão Estratégica de Negócios, atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM). Administrador pela Universidade Católica de Brasília – UCB, Master em Business Administration pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB; doutorando em Educação Superior pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Parque da Cidade, em Belém, terá mais de 2,5 mil árvores

Parque, que será o palco da COP 30, já tem mais de 1.300 árvores plantadas, das quais 190 foram transplantadas.

Leia também

Publicidade