Foto: Paulo Brito/Cedida
Em meio ao verde quase infinito da floresta amazônica e às águas calmas que refletem o céu e as árvores, surge um cenário inusitado e inspirador: a ‘Fur Fit’, uma academia única localizada sobre palafitas às margens do Rio Tocantins, no município de Cametá, no estado do Pará.
O local combina o rústico da arquitetura tradicional ribeirinha com uma proposta moderna de saúde e bem-estar, se tornando ponto de encontro para moradores locais e visitantes que buscam cuidar do corpo em meio à natureza.
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A academia chama atenção logo de longe: sua fachada simples exibe o letreiro ‘Fur Fit’ sob um telhado de barro, típico das construções amazônicas. O ambiente é aberto, arejado, com vista direta para o rio Tocantins, onde o reflexo das árvores e do céu compõe uma paisagem quase cinematográfica.
O acesso é feito por trapiches e passarelas de madeira, dando ao aluno a sensação de que cada treino é também um mergulho no modo de vida amazônico.
Dentro da academia, o som dos aparelhos se mistura ao canto das aves e ao leve vaivém das águas. Mais do que um espaço para exercícios físicos, a academia se tornou um símbolo de inovação local: prova de que é possível integrar práticas de saúde a ambientes tradicionais sem abrir mão da identidade regional.
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Necessidade
Além dos equipamentos de musculação e treinamento funcional, o espaço também é um ponto de socialização, onde as pessoas se reúnem para conversar, trocar experiências e fortalecer laços.
“Meu pai tem Alzheimer e precisava fazer musculação, mas não havia um lugar apto para isso. Por isso, eu e meu sócio, Vicente Brito, decidimos abrir a academia. E também para levar uma opção de bem-estar para a população ribeirinha”, contou o empresário Paulo Brito ao Portal Amazônia.

A mensalidade da academia ribeirinha é de R$ 70. No entanto, Brito afirma que administrar o local se tornou um grande desafio.
“A maioria do público da academia é feminino. Ainda há uma resistência por parte do público masculino, em função do machismo. Inclusive, alguns homens não deixam suas companheiras malharem. Além disso, há a questão da distância: as pessoas levam cerca de 20 a 30 minutos para chegar”, relatou.
Mesmo com todos os desafios e contratempos, Brito afirma que vale a pena levar bem-estar à comunidade ribeirinha. “Para alcançar nossos objetivos, é necessário determinação e correr atrás, mesmo com os riscos”, afirmou o empresário.
