Santarém tem o pior saneamento entre as 100 maiores cidades do país

Santarém é um município paraense e caiu duas posições em relação ao Ranking anterior de saneamento, um estudo do Instituto Trata Brasil, alcançando a última colocação.

O município paraense caiu duas posições em relação ao Ranking anterior e alcançou a última colocação. Foto: Agência Santarém

Com menos da metade (48,49%) da população com acesso à água potável e somente 3,77% com coleta de esgoto, Santarém (PA) foi o último colocado do Ranking do Saneamento 2025, estudo do Instituto Trata Brasil que avalia os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades a partir de dados do SINISA (ano-base 2023).

O município que abriga mais de 300 mil habitantes caiu duas posições em relação ao Ranking de 2024 e figurou como a pior (entre as 100 maiores cidades do país) em infraestrutura básica de saneamento em 2025.

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Além de indicadores precários de acesso à água e coleta de esgoto, o município paraense trata apenas 8,61% do esgoto gerado e perde mais de 48,72% da água potável nos sistemas de distribuição, ou seja, toda essa água é desperdiçada antes de chegar às residências da população.

A precariedade do saneamento em Santarém é reflexo do baixo investimento realizado na infraestrutura. O investimento per capita é de apenas R$ 37,35, distante do necessário para universalização do saneamento de acordo com o que estipula o PLANSAB, que é de R$ 223,82 por habitante. Isso significa que Santarém investe apenas 16,7% do valor necessário para alcançar a universalização do saneamento.

Leia também: Cidades da Amazônia estão há oito anos entre as 20 piores no ranking de saneamento básico do Brasil

Diante desse cenário, de acordo com o Trata Brasil, “o saneamento em Santarém não será uma realidade sem maiores investimentos e planos estruturados para ampliação dos serviços. O saneamento é uma política pública estratégica com o potencial de melhorar a saúde pública, a educação e a produtividade econômica no Brasil”.

Metas

O desafio se estende para além de Santarém. O Pará, estado que sediará a COP-30 em 2025, apresenta indicadores igualmente precários, atendendo 51,6% da população com água potável e somente 17,3% com coleta de esgoto, enquanto apenas 19,3% do esgoto é tratado.

Para cumprir as metas do Novo Marco Legal do Saneamento até 2033, ou seja, atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto, o Pará precisará acelerar os investimentos e implementar estratégias eficazes de expansão do básico.

*Com informações do Trata Brasil

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