Com início em 30 de junho, a pesquisa epidemiológica funciona como ação de saúde, educacional e pedagógica para os discentes
Com o objetivo de fazer um levantamento de informações sobre a infecção pelo novo coronavírus, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) iniciou uma pesquisa epidemiológica que envolve a população da Região Metropolitana de Belém e Ananindeua, além de oito regiões de regulação. Ao todo, o estudo alcança 52 municípios, das zonas rural e urbana do Estado. Serão nove mil questionários sociais e testes rápidos da Covid-19 aplicados no Pará.
“Para podermos pensar em políticas de combate e controle à Covid-19, de forma mais eficiente, se faz necessário conhecer como esse vírus se propagou e sobre a sua prevalência, ou seja, como está atualmente no Pará, por isso essa pesquisa é tão importante para o nosso Estado”, afirma o vice-reitor da Uepa e coordenador da pesquisa, Clay Chagas.
Com início em 30 de junho, a pesquisa epidemiológica funciona como ação de saúde, educacional e pedagógica para os discentes. “Percebemos nessa primeira semana que a pesquisa, além de produzir e aplicar questionários e testagens, se tornou também educativa. A população tem muitas dúvidas e os nossos pesquisadores também fazem orientações, especialmente, sobre as formas de prevenção da doença”, informa o coordenador da ação.
A pesquisa é uma iniciativa do governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em parceria com a Uepa. Participam da ação 208 estudantes da área da saúde, vinculados ao curso de Enfermagem da instituição.
“O questionário, que é um dos métodos utilizados na pesquisa, aborda três grandes áreas: faixa etária, condições socioeconômicas e de que forma a população está cumprindo as medidas preventivas, como o uso de máscara e o isolamento social. Essas informações nos darão um panorama geral do Estado”, ressalta Clay Chagas.
RMB
Os principais bairros de Belém e Ananindeua já tiveram suas pesquisas encerradas. Na segunda-feira (6), os estudantes da Uepa já iniciaram a pesquisa de campo em Abaetetuba, Castanhal, Paragominas, Conceição do Araguaia, Santa Maria das Barreiras e Tucuruí.
“Essa pesquisa vai proporcionar ao Estado produções de conhecimento sobre a pandemia no Pará, que se tornam subsídios para trabalhos científicos das diversas naturezas” – Clay Chagas, vice-reitor da Uepa e coordenador da pesquisa.
Em Ananindeua, os bairros do Distrito Industrial, Cidade Nova, Maguari, Águas Brancas, Águas Lindas, Guanabara, Coqueiro, PAAR, 40 Horas, Icuí-Guajará, Jiboia Branca e Centro também foram contemplados.
Regiões de regulação e cidades contempladas com a pesquisa epidemiológica
Região Araguaia: São Félix do Xingu, Redenção, Santana do Araguaia, Conceição do Araguaia, Xinguara, Ourilândia do Norte e Santa Maria das Barreiras.
Baixo Amazonas: Santarém, Oriximiná, Monte Alegre, Almeirim e Terra Santa.
Carajás: Marabá, Parauapebas, Tucuruí, Tailândia, Novo Repartimento, Dom Eliseu, Eldorado dos Carajás e São Geraldo do Araguaia.
Marajó Ocidental: Breves, Portal, Curralinho e Gurupá.
Nordeste: Castanhal, Bragança, Paragominas, Capanema, Ipixuna do Pará, Viseu, Ulianópolis, São Domingos do Capim, Tracuateua, Ourém e Quatipuru.
Baixo Tocantins, Marajó Oriental e Região Metropolitana de Belém: Belém, Ananindeua, Abaetetuba, Cametá, Igarapé Miri, Vigia, Muaná, Oeiras do Pará e Soure.
Tapajós: Itaituba, Rurópolis, Novo Progresso e Trairão
Xingu: Altamira, Pacajá, Uruará e Medicilândia.