Fiocruz Amazônia recomenda uso de máscaras durante período crítico de exposição à fumaça

Jesem Orellana faz um alerta para a necessidade do uso de máscaras com sistema de filtragem especial (N95 ou PFF2), principalmente por pessoas com histórico de comorbidades e doenças respiratórias.

Foto: Michell Mello/Arquivo Fiocruz Amazônia

O epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, faz um alerta para a necessidade do uso de máscaras com sistema de filtragem especial (N95 ou PFF2), principalmente por pessoas com histórico de comorbidades e doenças respiratórias, nesse período crítico de intensificação da fumaça proveniente das queimadas e que encobre Manaus (AM).

O pesquisador afirma que alguns efeitos diretos da fumaça sobre a saúde podem ser facilmente identificados, como tosse seca, sensação de falta de ar, irritação dos olhos e garganta, congestão nasal ou alergias na pele.

“Indiretamente, o problema pode contribuir para o agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias como rinite, asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica ou mesmo Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, exemplifica Jesem, chamando atenção também para os efeitos negativos sobre a saúde mental de pessoas mais vulneráveis, uma vez que os níveis elevados de poluição atmosférica aumentam suas preocupações e incertezas, além de limitarem atividades de lazer ou terapêuticas ao ar livre. 

Foto: Ingrid Anne/Arquivo Fiocruz Amazônia

Orellana ressalta que o aumento na busca por atendimentos médicos ambulatoriais e internações hospitalares é outro fator preocupante, uma vez que sobrecarrega os já precários serviços de saúde. “O uso de máscara torna-se, portanto, muito apropriado principalmente para que tem histórico de doença respiratória e precisa sair de casa”, explica.

Já no caso das pessoas que precisam fazer caminhadas e corridas, por recomendação médica, essas devem evitar as atividades ao ar livre e ao sair de carro devem ligar o ar-condicionado com a circulação interna ativada. Caso desenvolvam alguma manifestação clínica, devem procurar imediatamente uma unidade de saúde, evitando assim a automedicação ou piora do quadro clínico”, frisou.

*Com informações da Fiocruz Amazônia

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