Fumaça e ar seco das queimadas se alastraram por todo o país. Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace
Em meio à onda de fumaça causada por incêndios que cobriu o país, foi impossível não perceber em nossos corpos a conexão entre seres humanos e o meio ambiente. E como essa destruição impacta diretamente nossa saúde e a do planeta como um todo.
Nos últimos dias, a poluição das queimadas no Centro-Oeste e na Amazônia, colocou diversas cidades do Brasil entre os centros urbanos com os piores índices de qualidade do ar no mundo.
Com a intensificação da seca, todos os sistemas climáticos são afetados. Os rios voadores da Amazônia, que normalmente carregam grandes quantidades de água transportadas por correntes de ar, estão alastrando a fumaça das queimadas e o ar seco para outras regiões.
Neste cenário, os impactos à saúde humana são muitos. A fumaça contém materiais tóxicos, além de partículas que podem ser inaladas, causando problemas respiratórios graves, sobretudo para quem já convive com doenças pré-existentes. Gases como monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio também são liberados, o que aumenta o risco e agrava doenças pulmonares e cardiovasculares.
Após os recordes de má qualidade do ar devido à estiagem e às queimadas, o Ministério da Saúde divulgou algumas orientações para a proteção individual com o intuito de diminuir os impactos no organismo.
São elas:
- Aumentar a ingestão de água potável;
- Umidificar o ambiente sempre que possível, com toalhas e baldes com água;
- Evitar atividades físicas em áreas abertas;
- Evitar ficar próximo aos focos de queimadas;
- Uso de máscaras do tipo PFF2, N95 ou P100, principalmente em áreas próximas a queimadas;
- Evitar exposição prolongada em locais com partículas no ar;
- Em casos de sintomas como náusea, vômito, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores de cabeça intensas, busque atendimento médico.
O que resta — além de seguir as recomendações do Ministério da Saúde para amenizar os efeitos da fumaça — é pressionar as autoridades por uma resposta rápida. Pelo fim da impunidade e pela investigação e responsabilização dos incêndios criminosos e forte atuação na prevenção e estratégias de adaptação à realidade de eventos extremos.
*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Greenpeace Brasil. Confira a matéria completa AQUI.