Erva Cidreira. Foto: Divulgação
O conhecimento medicinal dos povos da floresta é a base do livro ‘Plantas Medicinais e Fitoterápicos: uma abordagem tradicional em fitoterapia na Amazônia‘, do escritor e clínico geral, doutor Jarbas Ataíde. A obra foi lançada em Macapá (AP) no dia 3 de abril.
O livro valoriza a prática ancestral de buscar tratamentos alternativos com ervas disponíveis na Amazônia. A ideia é entender como as plantas usadas impactam na vida dos pacientes e quais são os benefícios de cada uma delas.
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O método de tratamento é reconhecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. Os profissionais buscam associar os medicamentos naturais aos industrializados já conhecidos no mercado farmacêutico.
O escritor destaca que muitas dessas ervas utilizadas na medicina natural estão disponíveis nos quintais das casas, o que aproxima os pacientes dessa prática de cura.
“O livro é um resgate da fisioterapia tradicional da Amazônia. Ele apresenta uma breve história da fisioterapia clínica e prescrição fitoterápica […] Em nossa cultura, a população tem a primeira vocacional ao adoecer: buscar um atendimento mais natural, seja no seu quintal, na sua horta, lá estão presentes as plantas medicinais da Amazônia”, disse Jarbas.

A medicina inspirada nos costumes dos povos tradicionais é comum principalmente no Norte do país, onde há abundância dessas ervas. Alguma delas são: Capim-marinho, Alfavacão, Erva Cidreira e Hortelanzinho.
Os princípios ativos dos fitoterápicos podem ser extraídos das raízes, flores, folhas, caule e sementes das plantas. Veja alguns benefícios da Fitoterapia apontado no livro:
Auxilia, trata, previne, recupera e nutre, agindo nas causas e com pouco efeitos colaterais;
Prática terapêutica integrativa e holística, que atua no corpo, mente e emoções;
Terapia complementar que pode ser associada aos tratamentos convencionais, em todas as idades.

Conheça o autor do livro
Jarbas Ataíde é médico, escritor e poeta, graduado há 39 anos pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
Além disso, Ataide tem qualificação em epidemiologia pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e plantas medicinais pela Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG).
O médico é um dos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).
*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônia AP