Covid-19: Amazonas tem 19 mortes e 532 casos confirmados, diz governo

As informações foram divulgadas durante coletiva online na tarde desta segunda-feira (5). O Amazonas lidera o ranking de novos casos do Covid-19 na Amazônia

O total de casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Amazonas subiu para 532 nesta segunda-feira (6), segundo informações divulgadas pela Fundação em Vigilânacia de Saúde (FVS-AM). O número de mortes também aumentou para 19.

São 473 casos confirmados só na capital, segundo a FVS-AM. Entre os casos confirmados, 82 estão internados. Em UTI, são 38 pacientes com quadro grave – 22 na rede particular e 16 no Hospital Delphina Aziz – que se tornou a unidade de referência da Covid-19 no estado. Outros 144 casos suspeitos estão internados em investigação.

De domingo (5) para segunda, o Amazonas registrou mais quatro óbitos, somando um total de 19 mortes por Covid-19. De acordo com a FVS-AM, nove óbitos deram negativo para o novo coronavírus e sete seguem em investigação. O número mostra uma letalidade de 3,57%.

Ampliação de atendimento – Rodrigo Tobias informou que o Estado trabalha para ampliar a capacidade de atendimento do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na zona norte de Manaus, unidade referência para o atendimento de pacientes graves da doença, que necessitam de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Hoje nós temos 69 respiradores. Desses, 19 respiradores podem ser utilizados, ou seja, estão em espera para serem utilizados. Nós temos ainda 53 respiradores em recuperação, em manutenção, em que a gente pode recebê-los recuperados até a próxima semana”, informou Rodrigo Tobias.

O secretário de Saúde também afirmou que a equipe da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) já trabalha dentro do hospital da universidade Nilton Lins, na zona centro-sul de Manaus, para adaptá-lo para o atendimento de pacientes com Covid-19. O hospital tem capacidade para 400 leitos clínicos.

“Hoje, nós estamos fazendo os últimos detalhes e ajustes necessários para que a gente possa, no prazo máximo de sete dias, já ocupar os 400 leitos clínicos do hospital Nilton Lins”, disse o secretário de Saúde.

Fique em casa 

A diretora-presidente da FVS-AM ressaltou que quanto menos as pessoas saírem de casa, menor será a transmissão do vírus, diminuído a necessidade de leitos de UTI para casos graves.

Rosemary Pinto lembrou que todas as 19 pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 estavam em grupos de risco. Por isso, há a necessidade de proteção e isolamento de idosos e de pessoas que têm algum tipo de comorbidade.

“A gente pode reduzir esses números e evitar a necessidade de UTI, evitar a necessidade de internação, evitar o agravamento e até mesmo a morte se nós ficarmos em casa, se nós obedecermos todas as medidas que estão sendo preconizados pelos decretos do Governo do Amazonas, se nós evitarmos nos expor. O vírus está circulando, as pessoas estão circulando com o vírus, e a tendência é de agravamento”, afirmou a diretora da FVS-AM. 

 Contêiner

Na manhã deste sábado (4), o governo do Amazonas também confirmou a instalação de um contêiner frigorífico, que vai ser utilizado para armazenamento dos corpos de mortos por coronavírus no estado. Dado o aumento no número de casos e o risco de colapso na rede de saúde do Estado, a medida segue os padrões de segurança já definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para manuseio de corpos de pessoas que faleceram por Covid-19.

Ainda segundo a nota, os corpos devem ser acondicionados em compartimento refrigerado, mas por segurança biológica e limitação de espaço, ficou definido que não ficarão no necrotério comum. Por isso, desde o início dessa semana a secretaria providenciou, junto com o Hospital Delphina Aziz, a instalação de containers frigoríficos.

Colapso

Com a pouca estrutura e com o alto número de pessoas que ainda não aderiram ao isolamento social no Amazonas, os cálculos do governo são claros: um colapso na rede pública. Em breve. A diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, estima uma ‘explosão de casos’ com pico em abril.

“Esperamos um aumento expressivo no número de casos agora a partir de abril. Principalmente no final de abril e primeiras semanas de maio. Esse aumento já vem sendo registrado, uma vez que temos no dia 3 de abril, no Lacen, 600 exames aguardando resultado. Ontem eram cento e poucos. Espera-se, sim, uma explosão de casos nos próximos dias”.

O secretário de saúde do estado, Rodrigo Tobias justifica a situação no Amazonas ao traçar os cálculos de equipamentos para combate à pandemia.

“Nosso sistema de saúde é limitado. Não temos leitos de UTI para enfrentar uma pandemia. Não estamos tratando de uma epidemia local. É uma pandemia. Temos uma limitação para atender os casos graves. O Amazonas tem tomado todas as providências para aquisição de novos leitos de UTI e respiradores – talvez um dos itens mais requisitados do mundo”, afirma Tobias.

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