São 30 dias para atingir a meta. Segundo o orientador de musculação Douglas da Costa Filho, que apadrinha um dos 24 grupos participantes, o programa foca na perda de peso, mas sem abrir mão da saúde a longo prazo. “O programa surgiu com a objetivo de promover o emagrecimento saudável dos alunos e trazer eles para a atividades físicas com animação. O programa conta com a ajuda de outros profissionais, mas cada professor é padrinho de uma equipe, então cada um orienta de uma forma diferente com foco no emagrecimento saudável”, disse ao Portal Amazônia. Cada grupo possui 10 competidores.
Esta é a primeira edição do projeto que, assegura Douglas Filho, ganhará novas edições no futuro. “Um dos principais destaques do Agora Vai é o trabalho em equipe. Os alunos vão vencer a competição se trabalharem em equipe. Não basta eu perder peso, eu tenho que incentivar o meu colega a perder também. No meu time, estou fazendo acompanhamento de todos, até o que eles tem feito em casa. Surgem ideias boas e isso começa a abrir a mente para outras situações e gera conhecimento”, afirmou.
Segundo Filho, o resultado que o programa busca é ir além dos 30 dias de competição, mas incentivar de forma concreta a busca e manutenção da perda de peso. “A gente não quer que as pessoas emagreçam esse mês e depois voltem a engordar. Queremos que conheçam várias formas de emagrecimento e que, com o acompanhamento nutricional, são melhores que qualquer outra forma louca que aparece por aí”, informou.
Claro que o maior objetivo é a perda de peso, no entanto, para dar aquele empurrãozinho, a academia oferece uma premiação em dinheiro e descontos. “A premiação é só mais um incentivo, porque para todos os participantes a maior premiação é o peso perdido”, defende Filho.
Corrente de incentivo
Há dois anos o técnico de informática Aldemir Andrade Júnior treina em academia. No entanto, nos últimos meses ele voltou a engordar e viu no programa uma forma de incentivo a voltar a perder peso. “É uma forma de ser cobrado. Essa cobrança diária, o acompanhamento de um nutricionista, tem me incentivado muito a voltar a treinar todo dia”, lembrou. O peso é verificado semanalmente como mais um recurso de incentivo aos competidores.
As cobranças da competição estimulam não apenas Aldemir, mas toda a equipe. “Nos grupos pela internet a gente se cobra também, o pessoal mostra o que está comendo, pede ajuda. Acaba que temos entrosamento maior com outras pessoas da academia e criamos amizades. Isso ajuda a buscar ser mais saudável e isso é sensacional”, destacou.
A pesquisadora Cecília Nunes afirmou que sua maior motivação é a perda de peso. Na luta contra a balança, Cecília estava desde janeiro em busca de melhorar o condicionamento. “Não faço regime louco, nada disso. Estou mesmo na educação alimentar e faltava um estímulo a mais. Em uma semana do programa, já consegui perder um quilo e 200 gramas. Antes eu só perdia um quilo por mês. Deu um belo de um estímulo”, afirmou.
Cecília explicou ainda que a mudança na alimentação não foi apenas dela: “Cortei totalmente os doces, refrigerantes. E valeu a pena. Tanto que os alunos que trabalham no laboratório comigo estão nessa também. Está todo mundo substituindo os lanches e isso me ajuda ainda mais para segurara boca. Se todo mundo entra no mesmo ritmo é mais fácil, porque perder peso todo mundo quer e fácil não é”.
Sobre a premiação, Cecília confessou que quer ganhar os descontos na academia. “É um estímulo financeiro para algo que a gente já queria”, disse. “Quero contribuir para que a minha equipe ganhe e espero que meus colegas também estejam pensando nisso”, avisou.
O programa será aprimorado, porque, segundo Douglas Filho, os alunos aceitaram o desafio com empolgação. “Apesar de estar todo dia na academia incentivando de forma geral, quando se é um padrinho é como se fosse um pai para essas pessoas. É muito mais responsabilidade, a gente acaba virando um fiscal na vida delas porque algumas tem facilidade e outras nem tanto e nesse momento o psicológico conta muito. No final é sempre uma troca de conhecimento”, assegurou.