Caiu de 14 para 8: Sespa registra redução do número de mortes por meningite

O número de mortes por meningite no Pará caiu de 14 para 8, em uma comparação entre o primeiro quadrimestre de 2018 e 2019, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgados nesta terça-feira (23). O levantamento é feito em cada 100 mil habitantes e também aponta queda de 107 para 100 nos casos confirmados da doença, é referente aos números registrados no período de 1º de janeiro a 13 de abril do ano passado e deste ano. O balanço é uma boa notícia e marca o Dia Mundial de Combate à Meningite, comemorado nesta quarta-feira (24).

A Sespa ressalta que, mesmo com a redução, é importante que a população mantenha as medidas preventivas contra a meningite, principalmente nesse período de chuvas intensas, que levam as pessoas a ficarem aglomeradas em locais fechados, o que propicia a propagação de diversas doenças infecciosas.

Para a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, Martha Nóbrega, “há sempre espaço para as Vigilâncias em Saúde estadual, regionais e municipais melhorarem os indicadores epidemiológicos, de forma a garantir uma vigilância epidemiológica sensível e oportuna, assegurando o monitoramento adequado dos casos para a detecção de possíveis surtos e orientação de medidas de prevenção e controle efetivas”.

Foto: Divulgação

A meningite acomete as membranas do sistema nervoso central, chamadas de meninges. Pode ser causada por agentes infecciosos (fungos, bactérias e vírus) e por traumatismo. As de origem infecciosa são de especial importância para a saúde pública, principalmente as causadas pelas bactérias meningococo (Neisseria meningitidis), Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e Mycobacterium tuberculosis. Portanto, todos os casos suspeitos devem ser notificados e investigados.


Transmissão

A doença é transmitida por meio do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes, sendo fundamental o contato íntimo, ou seja, quando o indivíduo reside na mesma casa ou compartilha a mesma sala de aula de escola ou dormitório de creche, asilo, alojamentos ou quartéis, e outros pontos de convívio social em que pode haver contato próximo e prolongado com outras pessoas ou pessoa diretamente exposta às secreções do paciente. O período de incubação é, em média, de dois a dez dias.


Sinais e sintomas

Em geral, o quadro clínico é grave e se caracteriza por febre, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e sinais de irritação meníngea. No curso da doença podem surgir delírio e coma, dependendo do comprometimento encefálico.

A
doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda causada pela bactéria Neisseria meningitidis e quando se apresenta na forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia (infecção generalizada) a forma mais grave, que pode levar à morte rapidamente.

Entre os sintomas, além de febre e dor de cabeça, tanto em criança como adulto, a doença apresenta pintas arroxeadas, que com o passar do tempo unem-se e se tornam manchas, bem diferentes das pintas vermelhas apresentadas em casos de dengue, que também causa febre, dor de cabeça, dor nos olhos, músculos e juntas.

Em crianças de até oito ou nove meses, deve-se suspeitar da doença quando há febre, irritação ou agitação, vômitos e recusa alimentar, convulsões e “moleira” inchada.

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