A Secretaria de Saúde de Rio Branco está convocando a população de Rio Branco, que comprou e tomou açaí dos fornecedores do Mercado Elias Mansour, para que façam o exame de diagnóstico para doença de chagas. A coleta de sangue começou nesta segunda-feira (4), e segue até o dia 18 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e das 14h às 17h.
As autoridades disponibilizaram uma sala de coleta exclusiva para esse público no Centro de Apoio e Diagnóstico, situado à Travessa do Hemoacre ao lado do Lacen, atrás do Teatrão, bairro Bosque.
De acordo com o G1 Acre, o secretário da pasta, Oteniel Almeida, diz que foram feitas algumas fiscalizações nos boxes do Mercado Elias Mansour, onde as amostras do local deram positivas para a doença.
A prefeitura de Rio Branco, através Vigilância Sanitária, fez inspeção, no final do ano nos mercados Elias Mansour, do Quinze, Ceasa e pontos de comércio popular do Manoel Julião. Nestes pontos foram levantadas as amostras do açaí e foi identificado qual a procedência do processamento.
As amostras foram satisfatórias na maioria dos estabelecimento, com exceção dos pontos de vendas do mercado Elias Mansour, que fica na área central da cidade. Então, quem tomou açaí desse local entre novembro do ano passado e janeiro desse ano, deve fazer os exames.
Fiscalização e controle
Até 2010, segundo a Secretaria de Agricultura de Rio Branco, tanto a comercialização como o processamento do açaí eram feitos nos boxes do mercado.
“Quando foi feito a reforma em 2010, foi detectado que os boxes eram pequenos. A Vigilância Sanitária esteve lá, constatou que o espaço era pequeno para comercialização e processamento e foi orientado que o processamento fosse feito em locais apropriados. Então, nos mercados ficou apenas a comercialização”, explica Elysson de Souza, secretário de Agricultura de Rio Branco.
O processamento do vinho da fruta é feito em agroindústrias ou até mesmo de forma artesanal. Na ação desta sexta-feira (1), a equipe da Vigilância Sanitária vai visitar três pontos de beneficiamento que abastecem o mercado. Amostras devem ser colhidas e analisadas.
“A gente sabe que o açaí é um produto feito de forma artesanal, mas deve ser expedido uma certificação que apresenta a origem do produto”, pontua Souza.
Souza também pediu que os comerciantes tenham a iniciativa de procurar o setor para verificar o registro dos fornecedores. “Como medida preventiva também serão realizados exames nos comerciantes do mercado e produtores que possam circular na região e que tiveram algum contato com o açaí, seja a polpa ou outros derivados como sorvete, sucos”, disse o secretário de agricultura.