Foto: Valéria Oliveira/Rede Amazônica RR e João Risi/MS
O primeiro hospital de saúde indígena do Brasil começou a funcionar na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, dois anos após o governo federal reconhecer a emergência de saúde pública na região.
Localizado em Surucucu, considerada uma região de referência para atendimentos médicos dentro do território, o Centro de Referência em Saúde Indígena (CRSI) Xapori Yanomami é o primeiro hospital em saúde indígena do Brasil.
Leia também: Primeiro hospital de saúde indígena do Brasil começa a funcionar na Terra Yanomami
Construção do 1° hospital indígena do Brasil
O centro começou a ser construído em agosto do ano passado e custou cerca de R$ 29 milhões. Antes da situação de emergência na região ser declarada, em janeiro de 2023, os atendimentos de saúde ocorriam em uma unidade básica de saúde com estrutura precária — a enfermaria, onde os pacientes indígenas ficavam internados, era um barracão de madeira de chão batido.
As imagens a seguir mostram o contraste entre a estrutura da unidade básica de saúde antes e durante o decreto de emergência, e a do hospital, registrado no último sábado (6), quando iniciou os primeiros atendimentos.
📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp










Terra Indígena Yanomami
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial. Localizado no Amazonas e em Roraima, o território abriga cerca de 32 mil indígenas, que vivem em 392 comunidades.
O povo Yanomami é considerado de recente contato com a população não indígena e se divide em seis subgrupos de línguas da mesma família, designados como: Yanomam, Yanomamɨ, Sanöma, Ninam, Ỹaroamë e Yãnoma.
Há décadas, o território é alvo do garimpo ilegal, que destrói a floresta, contamina os rios e afeta diretamente o modo de vida dos Yanomami
A região está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal, a partir da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas, além da retirada de garimpeiros.
*Com informações da Rede Amazônica RR
