Mulher é picada ao confundir cascavel com corda e morre, em Roraima

Ana Leuda Gonçalves Sousa, de 42 anos, confundiu a cobra cascavel com uma corda, pegou o animal e foi picada na mão.

Ana Leuda Gonçalves Sousa, de 42 anos, morreu três dias após a picada da cascavel — Foto: Arquivo Pessoal

Uma mulher identificada como Ana Leuda Gonçalves Sousa, de 42 anos, morreu nesta terça-feira (8) em decorrência de uma picada de cascavel na Vila São José, município do Cantá, Norte de Roraima. Ela confundiu a cobra com uma corda, pegou o animal e foi picada na mão.

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O irmão de Ana, o entregador Antonio Carlos Gonçalves, de 37 anos afirmou que o acidente aconteceu no sábado (5). Ele explicou que a irmã “tinha dificuldades de visão”. Ela viu os cachorros da casa agitados com a cascavel e achou que eles estavam brincando com uma corda.

cobra cascavel
Ana Leuda Gonçalves Sousa, de 42 anos, morreu três dias após a picada da cascavel — Foto: Arquivo Pessoal

“Ela se abaixou para pegar e acabou sendo picada. Quando viu os cachorros brincando com algo, pensou que fosse uma corda e foi pegar. Foi aí que a cobra mordeu”, contou o irmão.

Ela tinha histórico de problema nos nervos e também pressão alta. Ao ser picada, ela foi levada a um posto de saúde no município. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), com a peçonha, a mão de Ana “inchou rapidamente e o quadro se agravou, com pressão muito alta que não respondia bem aos remédios”.

Ana também apresentava sangramentos em várias partes do corpo — efeito típico do veneno da cascavel, que afeta a coagulação do sangue. Ela foi transferida para o Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista (35,8 km de distância do Cantá) em estado grave.

Ana Leuda Gonçalves Sousa, de 42 anos, morreu três dias após a picada da cascavel — Foto: Arquivo Pessoal

A Secretaria de Saúde de Roraima, responsável pelo HGR, afirmou que Ana chegou na unidade após quatro horas do incidente, “apresentando quadro de pico hipertensivo refratário, distúrbio de coagulação grave e edema no local da picada”.

“Foi seguido todo o protocolo pertinente ao caso, com aplicação de soro na dosagem máxima, solicitação de plasma, conduzido o pico hipertensivo, e iniciado antibiótico, além da avaliação médica por médicos infectologista, neurocirurgião e nefrologista”.

Ana morreu por volta das 4h da manhã, no leito do HGR.

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