Porto Velho é a segunda pior cidade do país em saneamento básico, segundo o Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados. O estudo tem como base os dados de 2023 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
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Entre as capitais, Porto Velho ocupa a última posição no ranking de saneamento. A cidade aparece ao lado de outras sete capitais com os piores índices: Manaus (AM), Recife (PE), Maceió (AL), São Luís (MA), Belém (PA), Rio Branco (AC) e Macapá (AP). No total, também se destacam negativamente quatro cidades do Rio de Janeiro, quatro de Pernambuco e três do Pará.
O estudo também mostra que Porto Velho:
- Tem apenas 12,18% do esgoto tratado;
- teve 38,56% de perdas na distribuição de água;
- investimento anual médio no período de 2019 a 2023 foi de R$ 111,55 por habitante.
Há 10 anos entre os piores
Segundo o Instituto Trata Brasil, há 10 anos Porto Velho sempre se apresenta nas piores colocações dentre as 100 maiores cidades do país:

A capital de Rondônia ocupa as piores posições em todas as categorias que envolvem o saneamento básico. São elas:
- Acesso à água potável: centésimo lugar, a última colocação;
- Acesso à coleta de esgoto: 97ª posição;
- Volume de esgoto tratado sobre a água consumida: 94ª posição;
- Investimento por habitante: 95ª posição.
O que diz o Governo de Rondônia?
Em nota, o Governo de Rondônia informou que reconhece os desafios históricos enfrentados por Porto Velho na área do saneamento básico, causados por décadas de déficit estrutural e paralisações em contratos federais. Segundo a gestão estadual, obras do PAC Saneamento estavam paradas desde 2018 e foram retomadas em 2020, com investimentos na ampliação do sistema de água tratada e implantação da rede de esgoto.

Ainda segundo o governo, entre as ações em andamento estão obras de ampliação da rede de água tratada e implantação do sistema de esgoto, com construção de estações de tratamento, reservatórios, redes de distribuição e ligações domiciliares.
O governo também informou que busca novos investimentos por meio do Novo PAC, com destaque para obras nos distritos de Calama e Extrema (mais de R$ 12 milhões) e em Guajará-Mirim (R$ 83 milhões). Sobre o ranking do Instituto Trata Brasil, o Estado afirma que os dados não refletem os avanços recentes nem os investimentos estruturantes em andamento.
*Por g1 RO
