Projeto de manejo do pirarucu fortalece preservação ambiental e gera renda em Rondônia

Foto: Reprodução/Sedam RO

Com o intuito de sanar um problema ambiental e gerar renda extra às comunidades tradicionais quilombolas e extrativistas, o governo de Rondônia desenvolve desde o 2022, o Projeto de Manejo de controle do Pirarucu (Arapaima gigas) em Unidades de Conservação no Estado.

A iniciativa da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da atuação de biólogos e especialistas, têm atuado para mitigar os impactos da proliferação da espécie fora de sua área natural. Embora seja uma espécie ameaçada de extinção em suas áreas de origem, a presença e proliferação da espécie fora da sua área natural tem gerado desequilíbrio ambiental.

Ao longo dos três anos de execução, o projeto já extraiu e comercializou 637 pirarucus, totalizando aproximadamente 35kg retirados do rio Cautário, sendo 24kg apenas em 2024. A pesca já  gerou mais de R$302 mil ao longo de três anos, dos quais, R$220 mil foram contabilizados somente em 2024, gerando renda aos comunitários.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o manejo sustentável do Pirarucu é uma iniciativa que vai além da preservação ambiental.

Segundo o  secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, o trabalho desenvolvido em Rondônia tem ganhado visibilidade em eventos nacionais e internacionais, sendo recentemente destacado em uma importante revista especializada em meio ambiente.

“A experiência do estado em enfrentar essa questão ecológica se tornou um exemplo para outras regiões do Brasil e do mundo, que também lidam com problemas relacionados à introdução de espécies não nativas e seus impactos nos ecossistemas locais,” ressaltou.

O biólogo e pesquisador da Sedam, Leonardo Silva Pereira, explica que os efeitos da proliferação do Pirarucu são notáveis, principalmente entre os pescadores profissionais e extrativistas.

“A presença do Pirarucu invasor tem causado uma drástica redução nas capturas de peixes nativos como Tambaqui e Tucunaré, fundamentais à subsistência das comunidades locais”.

O desafio, segundo o biólogo, não é apenas ecológico, mas também econômico.

*Com informações da Sedam RO

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