Agentes do ICMbio e da PM são atacados — Foto: ICMBio
Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar (PM), foram vítimas de uma emboscada e atacados a tiros durante uma operação em um garimpo ilegal na Floresta Nacional do Jamari, no interior de Rondônia.
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Segundo informações das equipes, durante uma fiscalização na região durante os dias 15 e 25 de junho, houve uma intensa troca de tiros com os infratores enquanto estavam dentro da área de extração. De acordo com a denúncia, ainda durante a mesma operação, os criminosos também espalharam pregos em tábuas na estrada que perfurou os pneus das viaturas.
A emboscada, segundo o ICMBio, foi uma retaliação à destruição de equipamentos usados em crimes ambientais, como extração ilegal de madeira e mineração clandestina. Na ação Na ação foi apreendida uma arma cal. 12 com 5 munições.

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A Operação Dominância deve ocorrer ao longo de todo o ano e tem como objetivo combater o garimpo ilegal, o desmatamento e a invasão de áreas protegidas em Rondônia.
A Floresta Nacional do Jamari, onde agentes do ICMBio e da Polícia Militar (PM) foram recebidos a tiros durante uma fiscalização, já teve sete confrontos armados só em 2025. Segundo o ICMBio, 12 garimpeiros foram presos na região neste ano.
No episódio mais recente, os agentes foram vítimas de uma emboscada durante a operação Dominância, no garimpo ilegal na Floresta Nacional do Jamari, no interior de Rondônia. A emboscada, segundo o ICMBio, foi uma retaliação à destruição de equipamentos usados em crimes ambientais, como extração ilegal de madeira e mineração clandestina.
Nenhum dos atiradores deste ataque foi identificado até o momento. O ICMBio informou que vai reforçar o número de fiscais e ampliar os pedidos de apoio logístico e operacional às forças policiais.
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A operação começou em janeiro e está prevista para seguir até o fim de 2025 em três unidades de conservação federais em Rondônia. Desde o início da ação, os prejuízos causados ao crime ambiental organizado já ultrapassam R$ 7,2 milhões, e as ações devem continuar até o fim do ano.
Em nota, a PM lamentou o ataque mais recente e informou que atua apenas como apoio operacional ao ICMBio. A coordenação e execução das fiscalizações ambientais são responsabilidade exclusiva do Instituto.
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O ICMBio também conta com apoio da Polícia Federal e, às vezes, da Força Nacional. Quando há crime ambiental, o caso é repassado ao Ministério Público Federal (MPF), que cuida da parte criminal. No episódio mais recente, o instituto disse que vai comunicar os crimes ambientais ao MPF, mas não deve formalizar denúncia sobre o ataque aos agentes.
Na fase anterior da Operação Dominância, entre março e abril, foram apreendidos R$ 2,8 milhões em bens. A força-tarefa reuniu ICMBio, Ibama, Polícia Federal, Exército e batalhões da PM, e desmobilizou 83 acampamentos ilegais. Foram recolhidos escavadeiras, tratores, caminhões, antenas Starlink, armas, mercúrio e ouro extraído de forma ilegal. As multas aplicadas somaram R$ 453 mil.
*Por Iuri Lima, Rede Amazônica
