Foto: Reprodução/Senar
O agronegócio é responsável pela produção de soja, milho, carne bovina e de ave, frutas e outros produtos, além das iniciativas que promovem soluções para a produção ambientalmente sustentável na Amazônia. Mas como tem sido a formação dos agricultores?
Um dos responsáveis, por exemplo, é o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que leva educação profissional e assistência técnica ao homem do campo, com o objetivo de ajudar o agricultor a melhorar sua produção e aumentar a renda.
O fruticultor André Pessoa, de Itacoatiara, no Amazonas, trabalha há 20 anos como produtor de abacaxi. Ele conta que sua experiência com o Senar no Amazonas é positiva, por ter aprofundado seu aprendizado sobre os gastos e também a importância da análise de solo.
“Nós temos hoje o selo de identificação geográfica pelo INPI (que identifica a origem de um produto ou serviço que tem certas qualidades graças à sua origem geográfica). Com o Senar temos um aprofundamento melhor de tudo aquilo que a gente gasta, análise de solo e fazer a correção necessária, permitindo que a gente tenha um progresso”, disse o fruticultor.
De acordo com o Senar, essas análises são recursos necessários para otimizar o processo dos trabalhadores rurais, como é o caso de André Pessoa.
“Realizamos o diagnóstico do solo durante a confecção do DPI (Documento de Planejamento Individual), um dos cinco passos da metodologia ATeG/SENAR. Durante a visita técnica, o técnico de campo coleta amostras de solo nas áreas de interesse do produtor e as envia ao laboratório para análise. Com os resultados em mãos, o técnico elabora um calendário de adubações específico, de acordo com a cultura de interesse do produtor, visando ganhos de produção e produtividade”, esclarece a junta técnica.
Desafios
A equipe técnica do Senar lista uma série de desafios que enfrenta na mudança de mentalidade dos produtores em enxergar a atividade rural como um negócio:
- Dificuldades na comercialização e registro (SIM, SIE, e SIF);
- Falta de visão empresarial, o que dificulta a priorização e expansão;
- Falta de capital para investir na ampliação da atividade e na aquisição de equipamentos de manejo.
Segundo o Serviço, é essencial que os técnicos mostrem na prática as ações benéficas na área do agro, como a troca da abelha rainha em uma fazenda de apicultura, por exemplo.
“Mesmo com a apicultura consolidada, muitos produtores dominam apenas as práticas básicas de manejo e acabam não formalizando suas atividades, o que dificulta a realização de melhores negócios. Para solucionar isso, temos incentivado e criado associações para organização coletiva e promovido eventos que divulguem os produtos e subprodutos da apicultura, visando a formalização dos produtores e maior atenção do poder público para a cadeia produtiva”, especifica o Senar.
Essas e outras curiosidades e informações sobre o universo do agronegócio na Amazônia fazem parte do programa Amazon Sat Agro. Assista completo: