Conhecido como a Terra do Açaí, o Pará é culturalmente rico e biodiverso. Confira quais foram os fatos e números que marcaram 2021 no Estado na ‘Retrospectiva 2021 – Pará’, do Portal Amazônia.
O primeiro bebê
O primeiro bebê a nascer em solo paraense em 2021 foi Ian Kalebe Valera Moraes. Ele nasceu no Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), de parto cesariano, às 2h11, com quase 3 kg. É o terceiro filho da Ariadne Cloquilte Varela, de 31 anos, moradora de Barcarena.
Ariadne deu entrada no hospital no dia anterior devido a complicações, mas a emoção após o nascimento tomou conta da família e médicos:
Nascimentos e mortes
O Pará é o Estado da Região Norte do Brasil com o maior número de municípios, possui 144 ao todo. Em 2021, foram 117.131 nascimentos, de acordo registros emitidos pelo Portal de Transparência do Registro Civil, da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN).
Desses quase 120 mil, a capital Belém concentra o maior número de novos nascidos, com 18.237 registros. Em seguida, vem Santarém, com 6.998 e Ananindeua com 5.321. O município que apresenta o menor índice de nascimentos é Nova Ipixuna com apenas um registro.
Os três municípios com maior número de nascimentos também lideram o ranking quando se trata do número de óbitos. Foram 30.292 mortes em todo o Pará no ano de 2021. Belém liderou o ranking com 4.322 mortes, em seguida Santarém com 2.475 e em terceiro Ananindeua com 1.545 óbitos.
Nomes mais registrados
Arthur permaneceu como nome mais registrado no estado do Pará por dois anos consecutivos. Lidera desde 2020 o ranking. Já Gael, passou de 9º lugar no ano anterior para 2º no atual ranking.
Em relação aos nomes femininos, aparecem Maria Alice (seria uma homenagem ao nome da filha de Virgínia e Zé Felipe?) e Maria Cecília, que ocupam a décima e décima primeira posição no ranking, respectivamente.
Confira a seguir os 15 nomes mais registrados em 2021 no Pará:
Casamentos
O número de novos casais que decidiram oficializar o matrimônio neste ano no Estado é de 24.666. Foram 713 a mais que em 2020, quando foram registrados 23.953 casamentos.
Inundação
Em Fevereiro de 2021, o município de Ipixuna do Pará enfrentou fortes chuvas que provocaram o aumento do nível do Rio Ipixuna e inundações por toda a cidade. Aproximadamente 800 pessoas ficaram desabrigadas e 1.520 desalojadas, além de 50 destas perderem suas casas com a enxurrada.
Uma bebê de 1 ano e 9 meses foi levada pela correnteza. Ela estava com a família em um táxi na zona rural de Ipixuna do Pará quando o carro foi arrastado pelas águas. Horas depois o corpo foi encontrado pelos Bombeiros.
Terremoto
Em 14 de maio, foi confirmado no Pará um tremor de terra de magnitude 4.3 com epicentro em Breves, na Ilha de Marajó. De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o evento foi registrado pela tarde, por volta das 15h44.
Por ocorrer longe de centros urbanos, não foram registrados danos materiais decorrentes do tremor, que também pode ter sido sentido nas cidades de Anajás e Melgaço.
Ximbinha preso?
No início de junho, surgiram boatos de que Ximbinha, ex-integrante da banda Calypso havia sido preso. Logo a informação inverídica se espalhou. Horas depois o próprio compositor comentou o caso em suas redes sociais. “Recebi muitas ligações, depois dessa notícia que não tem nada a ver. Estou aqui deitado na minha rede, tocando minha guitarra, compondo… Uma notícia dessa dá até vontade de rir”, declarou Ximbinha.
Na época, o fato repercutiu bastante e rendeu até memes. Contudo, A Polícia Civil disse que não prendeu alguém chamado ou conhecido por ‘Ximbinha’.
Urina preta
No início de setembro, a doença da urina preta ou ‘doença de Haff’ ganhou notoriedade no Pará quando um homem morreu em Santarém, como um caso suspeito. Até 28 de outubro, os casos da suspeita da doença somaram 25 pessoas de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Após a última notificação, em Santarém, a crise de saúde que afetou o setor pesqueiro deu uma estagnada.
A doença da urina preta, como é popularmente conhecida, é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos.
Quando o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor que contamina quem consome o pescado.
Ranking de competitividade
No fim de setembro, foi divulgado os resultados do décimo Ranking de Competitividade dos Estados 2021 realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) que estão relacionadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas (ONU, 2015), para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos estados.
O Pará ocupa o 2º lugar no ranking da recuperação de áreas degradadas e o 3º lugar na transparência de ações de combate ao desmatamento. Além disso, o estado avançou em pilares como educação (+1) e potencial de mercado (+3).
Confira aqui o ranking completo.
Estado de Tapajós
Já fazem 33 anos desde a criação de uma nova unidade da federação no Brasil, em 1988, com a criação do Tocantins. No último 17 de novembro, o debate sobre a criação de um novo Estado ganhou força quando um projeto de lei (PL) foi debatido na Comissão da Constituição e Justiça (CCJ).
O novo Estado seria Tapajós, desmembrado do Pará. De acordo com o projeto, o Estado de Tapajós contaria com 23 municípios, todos localizados na região oeste do atual Pará. O destaque ficou para Santarém que, provavelmente, seria a capital.
A disputa sobre a divisão do Estado começou efetivamente ainda nos anos 1990, para a formação de mais dois: Tapajós e Carajás. Porém, em 2011, foi realizado o primeiro plebiscito sobre o tema e 66,08% rejeitaram a criação do Tapajós e 66,59% rejeitaram a criação de Carajás.
Em 2019, foi iniciado um novo processo para ouvir a população, mas com intuito de criar apenas o Estado de Tapajós. Segundo apoiadores da criação, a região oeste do Pará recebe poucos investimentos.
Leia também: Estado do Tapajós? Entenda a proposta de divisão que pode levar à criação da 28ª unidade federativa brasileira
Festas de fim de ano
Viagens pelos rios da Amazônia são bastante comuns o ano todo, uma vez que não existem estruturas terrestres para acompanhar viagens de municípios distantes um do outro. Com a chegada das celebrações de fim de ano, muitos paraenses buscam voltar para seus municípios de origem para visitar familiares e amigos e passar o Natal e ano novo com conhecidos.
Além disso, fatores como a vacinação contra a Covid-19, possibilitaram a diminuição de restrições em viagens. De acordo com a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH), cerca de 30 mil usuários devem passar pelo terminal hidroviário da capital Belém.
Covid-19 e vacinação
Desde março de 2020, são 622.705 pessoas diagnosticadas com a doença e um total de 17.049 mortes. Destas, 11.013 ocorreram em 2021, ou seja, quase dobrou o número de óbitos por Covid-19 no Estado em relação à 2020.
Sobre a vacinação, já foram distribuídas 13.209.124 doses aos municípios com os seguintes números: 76,95% da população vacinável recebeu a primeira dose; 65,87% já recebeu a segunda dose ou dose de reforço e 5,50% tomou a dose de reforço.
Calcula-se que a população total estimada seja de 7.468.272 pessoas.
Conta pra gente: lembra de mais algum fato ou curiosidade que marcou seu Estado?