Pesquisadores instalam primeiro transmissor em tartaruga marinha na Praia do Atalaia

O animal é o segundo na região Norte a receber o equipamento, que permite acompanhar sua trajetória em tempo real

Pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Desova de Tartarugas Marinhas (PMDTM) conseguiram instalar o primeiro transmissor via satélite em uma tartaruga marinha na Praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste paraense. O animal, da espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga oliva), é o segundo na região Norte do Brasil a receber o equipamento.

O quelônio foi encontrado durante o acompanhamento noturno realizado por profissionais do PMDTM, no pico da maré alta. Agentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) foram acionados e deram todo o suporte aos biólogos no translado do animal para uma área onde o dispositivo foi alojado com segurança.

A tartaruga marinha retornando ao mar já com o equipamento. Foto: Divulgação

 A partir de agora será possível acompanhar toda a trajetória da tartaruga marinha em tempo real. Além da localização, os transmissores são capazes de registrar informações sobre o comportamento de mergulho dos animais (frequência, duração e profundidade), assim como a temperatura da água.

Os especialistas afirmam que, dessa forma, será possível entender mais sobre a história natural desses animais. 

 Proteção

Este não foi o primeiro registro de subida de tartarugas marinhas ao litoral paraense. Desde fevereiro de 2023, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), com o apoio dos órgãos de segurança pública, bloqueia o acesso de veículos motorizados a três quilômetros da faixa de areia, para garantir a reprodução de cinco espécies de tartarugas marinhas que sobem à praia para depositar seus ovos.

Equipe do Projeto de Monitoramento de Desova de Tartarugas Marinhas. Foto: Divulgação

 Atualmente, mais de 200 ovos de tartarugas estão em desenvolvimento na área da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia, gerenciada pelo Ideflor-Bio. A evolução dos quelônios e acompanhada por biólogos e pesquisadores da Mineral Engenharia e Meio Ambiente, empresa que executa o PMDTM.

A iniciativa é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A empresa monitora áreas de desova de tartarugas em diversos pontos do litoral paraense.

Foto: Divulgação

Caso uma tartaruga marinha seja encontrada viva, em atividade reprodutiva ou morta, o projeto solicita que a população entre em contato pelo telefone (91) 99374-6768. 

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