Nova espécie de orquídea é encontrada em Unidade de Conservação paraense

Pesquisadores do projeto ‘Flora do Utinga’ afirmam que, com o novo registro, somam 32 espécies descritas, sendo a terceira mais rica em espécies no Parque do Utinga.

Pesquisadores do projeto ‘Flora do Utinga’ encontraram, no dia 8 de outubro, um novo registro para a família das orquídeas do Parque Estadual do Utinga ‘Camillo Vianna’. Trata-se do gênero Octomeria sp, localizado no tronco de uma árvore que caiu recentemente no interior da Unidade de Conservação (UC), em Belém (PA). Com o novo registro a família das Orchidaceae, somam 32 espécies descritas, sendo a terceira mais rica em espécies no Parque.

A espécie foi localizada pelo pesquisador e coordenador do Projeto, Leandro Valle Ferreira, do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), e identificada pelos pesquisadores Patrick Cantuária, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Amapá (Iepa), e Felipe Barberena, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

O Projeto é desenvolvido em parceria entre Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), desde 2018. 

Ao todo, 826 espécies de plantas e fungos já foram catalogados, reforçando a riqueza da biodiversidade das Unidades de Conservação (UCs), onde ocorre a pesquisa na Região Metropolitana de Belém (RMB) – Parque Estadual do Utinga, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém e no Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (Revis), este último abrange os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará.

“As orquídeas são as maiores famílias de plantas, existem cerca de 28 mil espécies no mundo, quase 2.500 espécies no Brasil e 411 espécies no Estado do Pará”,

 ressalta Ferreira.

Foto: Leandro Ferreira/PEG

Leandro Ferreira destaca que uma das maiores limitações para a realização de inventários botânicos é conseguir uma coleção de referência de plantas, a exemplo das epífitas, e a localização das espécies, que se fixam nos troncos e galhos das árvores de grande porte, a muitos metros de altura. 

“Algumas espécies são inacessíveis para a coleta, sem o uso de equipamentos especiais de escalada. Quando uma árvore cai na floresta, aproveitamos para realizar pesquisas e assim catalogar novas espécies de plantas e fungos”, disse o pesquisador.

Foto: Leandro Ferreira / MPEG

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