Viés ambiental é peculiaridade da competição, que está na reta final
O vencedor da edição 2020 da Copa Verde, seja ele Brasiliense ou Remo, será agraciado com três taças diferentes. Além da tradicional, o campeão receberá um troféu vivo, com mudas que serão plantadas na sede do clube, e outro de madeira certificada, feita pelo artista Paulo Alves. As mudas são referentes aos biomas das regiões dos finalistas: bacupari da Amazônia e puruí do Cerrado.
Os troféus serão entregues após o segundo jogo da final, na próxima quarta-feira (24), que começa às 16h (horário de Brasília), no estádio Mangueirão, em Belém. O jogador eleito o melhor em campo também será premiado com a taça de madeira certificada, idealizada pela artista Roberta Rampazzo. Antes, neste domingo (21), paraenses e brasilienses fazem o duelo de ida no Mané Garrincha, em Brasília.
O nome Copa Verde, aliás, não é à toa. Realizado desde 2014, o torneio, que reúne times do Espírito Santo e das regiões Norte e Centro-Oeste é alusivo à sustentabilidade ambiental. A competição levanta a bandeira do carbono zero e compensa a emissão com a plantação de novas árvores. Segundo a organização do evento, 4,2 mil foram plantadas (em regime de agrofloresta) em parceria com agricultores locais.
Nas edições anteriores, outra ação de sustentabilidade foi a troca de garrafas PET por ingressos. Até 2019, haviam sido recolhidas do meio ambiente em torno de 500 mil garrafas, que foram doadas a cooperativas de catadores. Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), os jogos da atual Copa Verde não podem receber público, o que inviabiliza a ação na edição 2020.
A sétima edição da Copa Verde terá um campeão inédito. O Brasiliense chega à decisão pela primeira vez e pode repetir o feito do Brasília, único clube do Distrito Federal a vencer o torneio, em 2014. O Remo foi vice em 2015, superado pelo Cuiabá na final. O título credencia o ganhador a entrar direto na terceira fase da Copa do Brasil de 2021, o que já garante uma premiação de R$ 1,5 milhão de participação.