Hospital Nilton Lins em Manaus vai participar de pesquisa com novo medicamento para covid-19, realizada pelo Ministério da Ciência

Segundo o governo, o uso da medicação não tem efeitos colaterais, sendo segura para esse tipo de teste em pacientes.

O Hospital de Combate ao Covid-19, uma das duas unidades de referência do Governo do Amazonas para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, será um dos hospitais no país que vai realizar tratamento experimental com uma nova droga que vem sendo testada pelo governo brasileiro, a nitazoxanida. A informação foi dada na noite de quarta-feira (06) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Os testes com o antiparasitário nitazoxanida serão feitos no Hospital Nilton Lins. (Foto:Diego Peres/Secom-AM)

Em coletiva, o ministro informou que o governo iniciou testes clínicos em 17 hospitais do país com o uso do remédio antiparasitário, entre eles o Hospital de Combate ao Covid-19, no Amazonas. Segundo o ministro, o medicamento já vinha sendo testado in vitro e, após apresentar bons resultados na atuação em células infectadas pelo vírus, foi liberado para o uso em seres humanos.

“(Os testes) tiveram 94% de sucesso na inibição do vírus na propagação nessas células in vitro. Em Manaus, nós temos um hospital participando, que é o Complexo Hospitalar Nilton Lins. Uma coisa boa a respeito dessa medicação é que ela não tem efeitos colaterais, então é segura para esse tipo de teste”.

Ainda de acordo com o ministro, a ideia é que esse tratamento seja realizado na fase inicial da doença, evitando dessa forma que o quadro do paciente evolua para uma situação mais complexa.

Habilitação

O diretor do Hospital de Combate ao Covid-19, Thales Schincariol, explicou que a iniciativa para fazer parte do grupo de unidades que estão testando a nova medicação partiu do Governo do Amazonas, que além de ter preparado o hospital para o tratamento de referência aos doentes, também pretende tornar o local um centro de pesquisa.

Antiparasitário Nitazoxanida. (Foto:Divulgação)

Thales explicou como foi feito o processo de habilitação. “Iniciamos o processo para participar dessa pesquisa cadastrando a unidade na plataforma da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNEP). Com o aceite da unidade, vamos começar a receber nos próximos dias o material, por parte do ministério, para darmos início os testes”.

O médico explicou, ainda, que o hospital também precisará trabalhar junto a uma instituição de ensino superior, que será responsável pela criação de uma Comissão de Ética. Segundo ele, tanto a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) quanto o Centro Universitário Nilton Lins já se colocaram a disposição para a realização desse trabalho e, assim que esses detalhes estiverem finalizados, os testes poderão ser iniciados.

Além do Hospital de Combate ao Covid-19, irão participar dos protocolos de testes clínicos seis hospitais no Rio de Janeiro, um em Belo Horizonte, dois em Brasília, um em Curitiba, cinco no Estado de São Paulo e um em Recife.

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