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Segunda, 05 Junho 2023

Estudo aponta potencial das plantas amazônicas na inibição do parasito da malária

Os estudos conduzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) identificaram nas plantas acariquara branca, carapanaúba e castanheira-do-Brasil, a presença de substâncias com atividades antiplasmódicas que agem como purificantes capazes de inibir o crescimento, matar ou inviabilizar o parasito que causa a malária.

Conforme a pesquisa, a malária é uma doença tropical endêmica na região Amazônica, que, anualmente, ameaça pessoas e causa a morte de mais de quinhentos mil indivíduos em todo o planeta. Para atingir o resultado final, a pesquisa contou com a colaboração de 18 cientistas do Inpa, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD-Fiocruz Amazônia). 

Foto: Divulgação/ Fapeam

O projeto foi iniciado em 2018 e concluído em 2020, e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Conforme o doutor em química orgânica Adrian Pohlit, coordenador do projeto e pesquisador do Inpa, os resultados representam uma etapa inicial importante e apontaram para o valor da etnomedicina regional, que associa às plantas estudadas a eficácia no tratamento da doença.

"No projeto da Fapeam, desenvolvido no Inpa, treinamos estudantes de pós-graduação em química e biotecnologia nas abordagens científicas e técnicas necessárias para descobrir novos antimaláricos, a partir de espécies vegetais regionais utilizadas na medicina tradicional local, na esperança de descobrir substâncias que possam dar origem a novas classes de antimaláricos, no futuro", informou.

Parte significativa dos antimaláricos em uso no mundo, atualmente, devem a sua descoberta inicial às substâncias antiplasmódicas artemisinina e a quinina, presentes em plantas usadas na medicina tradicional.

"Há evidências no mundo todo de que os parasitos da malária estão se tornando resistentes às TCAs (Terapias Combinadas à Base da Artemisinina) e seus componentes individuais, o que significa que esses tratamentos estão se tornando mais complicados e, em alguns casos, menos eficazes", explicou.

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