Rugby chega às escolas públicas de Manaus para difundir esporte

Com 21 anos de atividade em Manaus, o rugby caminha para um processo importante de popularização do esporte: o alcance às escolas públicas. Um projeto encabeçado pelo Grua, com apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quer trazer o esporte para as atividades das crianças e qualificar professores da rede pública para o ensino básico.No 'embrião' do rugby em Manaus, os precursores já haviam montado um projeto de extensão com escolas adjacentes à Ufam, onde o esporte nasceu na cidade. "Como não levamos adiante, ficamos negligentes nessa parte de base e demos mais atenção pros times adultos. Mas não há como trabalhar esporte sem base", afirmou o vice-coordenador do projeto, Marcelo Gordo, ao canal Amazon Sat.Comparado há duas décadas, o rugby vive um novo momento. O esporte ganhou espaço em canais da TV fechada e as redes sociais impulsionaram a difusão do esporte, o que torna a aceitação nas escolas muito maior.Não obstante, a participação do Grua em competições nacionais fez a cidade ganhar o aval da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), que enviou um educador para o projeto. A grande preocupação dos idealizadores é justamente capacitar professores da rede pública antes de levar a modalidade para os alunos."A gente ensina atividades bem básicas. Muitos não conhecem, o rugby não está dentro da nossa cultura, da grade curricular. A gente pode entender do esporte, mas para detalhes pedagógicos de lidar com diferentes faixas etárias, precisamos de um educador físico para atuar da maneira correta", disse Marcelo Gordo.A coordenação do projeto já 'recrutou' professores de Educação Física interessados em levar o rugby às escolas. "A gente está comprando material e deixando com as escolas. Temos várias atividades lúdicas que muitas vezes adaptamos para a quadra, pois a maioria das escolas não possui campos".Além da modalidade em si, a preocupação é ensinar os valores do rugby desde cedo para as crianças. Manaus já conta com três núcleos de rugby, que englobam as escolas vizinhas: um na Ufam, outro no Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e outro no bairro Santo Antônio, em espaço cedido pela Semjel. "Vamos montar outro núcleo no Cidade de Deus e, por último, queremos fazer um no Cidade Nova", revela Gordo.