Rondônia é o estado com maior proporção de casamentos de mulheres menores de idade, aponta IBGE

Dado faz parte do levantamento Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (4)

O levantamento Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em 2019, dos mais de 12 mil casamentos registrados em Rondônia, em 815 deles, a mulher tinha até 17 anos, e em 43, os homens eram menores de idade. Estes números colocam Rondônia como o estado em que, proporcionalmente, mais ocorrem casamentos com cônjuges femininos com até 17 anos, atingindo o percentual de 6,4%.

A nível nacional, a média foi de 2,1% dos casamentos com mulheres menores de idade. Acre e Maranhão ocupam a segunda posição, com 3,9% dos casamentos com mulheres menores de idade.

Foto: Tetiana Shyshkina/Unsplash

Rondônia registrou a segunda pior probabilidade do país de uma criança morrer antes de completar cinco anos, ficando atrás apenas do Amapá. As taxas rondonienses entre os meninos foram 23,4 mortes a cada mil nascidos vivos e entre as meninas foram 21 mortes a cada mil nascidas vivas, enquanto 26,4 meninos e 25,5 das meninas amapaenses a cada mil nascidos vivos tinham chance de morrer antes dos cincos anos.

O estudo mostrou ainda que Rondônia tem a menor expectativa de vida aos 60 anos. Uma pessoa rondoniense que completa 60 anos tem expectativa média de viver mais 19,7 anos. Porém, quando separados os gêneros, Rondônia apresenta a segunda menor expectativa de vida tanto para homens quanto para mulheres: 18,4 anos a mais para eles e 21,2 anos para elas. Piauí foi o estado com menor expectativa de vida para os homens que completam 60 anos (17,9 anos) e Roraima registrou a menor taxa entre as mulheres (21,1).

As Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil é uma compilação de informações de pesquisas do IBGE e de fontes externas, como Ministério da Saúde, Congresso Nacional, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Afazeres domésticos

Entre 2018 e 2019, houve um aumento da média de horas dedicadas aos afazeres domésticos e/ou cuidados de pessoas em 7,5% na população rondoniense com mais de 14 anos. Enquanto em 2018 eram dedicadas 15,3 horas semanais em média, este número foi de 16,5 horas semanais em 2019.

Apesar de ter ocorrido um aumento maior entre os homens (9,5%), as mulheres continuam dedicando mais horas a estes tipos de atividades. Elas apresentaram um aumento de 7,7%, totalizando 21 horas semanais em 2019 à medida que homens totalizaram 11,2 horas semanais.

As diferenças por gênero também ocorrem quando considerada a cor ou raça. Em Rondônia, no ano de 2019, um homem branco dedicou cerca de 10,4 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, enquanto uma mulher branca atingiu a média de 20 horas semanais. Entre as pessoas pretas ou pardas, a diferença foi um pouco maior: os homens trabalharam nestes tipos de atividades 11,4 horas semanais e as mulheres ocuparam-se 21,4 horas semanais.

Também ocorreu aumento de horas dedicadas aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas entre as pessoas com mais de 14 anos e ocupadas na semana de referência. Em 2018, a média rondoniense era de 12,6 horas semanais, passando para 13,3 em 2019.

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