O documentário “Os Traços Urbanos da Floresta” traz depoimentos de artistas que transformam as ruas da cidade
De lugares isolados, onde a floresta é inspiração, até os muros das favelas, Manaus é cenário do documentário “Os Traços Urbanos da Floresta”, um convite ao público para conhecer os artistas que colorem a cidade. A produção está disponível no Youtube.
Num formato de obra colaborativa, o documentário nasceu da conversa entre o fotógrafo e videomaker Homero Lacerda e o graffiteiro Arab, codinome de Rogério Arab, que tem uma trajetória madura e produtiva na ampliação da cena amazonense.
Os artistas constataram que o graffiti como arte e estilo de vida em volta da Arte de Rua tem pouca, ou quase nenhuma, documentação. A produção acompanhou os artistas em seus “corres” artísticos pela cidade.
Presença feminina e periférica – Débora Erê, Lore Paes, Gaby, e Zet trouxeram teor representativo para a obra, mostrando as dificuldades, maternidade e machismo dentro dessa cultura que vem se reinventando conforme sua expansão.
Um mural também foi produzido durante as filmagens e contou com a participação de Rosie, Biels e Smith.
Além do graffiti, o documentário investiga as diversas vertentes da arte de rua como pixo, bomb e stickers. Foram entrevistados os artistas Paradise, Zet, Arab, Liu, Olhinho, Gnos, Alessandro Hipz, Raiz, Máfia, Nixon e Knort.
O artista Raiz Campos conta como o graffiti consegue atrair os jovens e afastá-los do crime nas comunidades. A função social e transformadora do elemento é um dos aspectos da obra.
“É muito mais que pintura ou material, o graffiti tá numa questão de atitude, de se expressar publicamente, ele tem essa categoria de democratizar a arte, de trazer a arte pra todo mundo ver”, ressalta Raiz Campos, grande expoente da arte.
O documentário “Os traços urbanos da floresta” foi premiado pela Lei Aldir Blanc – Conexões Culturais 2020, da Prefeitura de Manaus.
