Iniciativa pretende promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades
Visando promover o engajamento da comunidade científica, de governos locais e entidades do terceiro setor em prol do fortalecimento do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na região, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), em parceria com o Instituto Acariquara e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mobiliza professores, acadêmicos, pesquisadores e demais profissionais da área científica e inovação a participar do projeto Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia, a Rede RHISA.
A iniciativa pretende promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades e começará a ser apresentada no interior do estado nesta semana, com a realização de diversos encontros.
O primeiro acontece nesta quarta-feira (21) e na quinta (22), no auditório do Centro de Estudos Superiores (CESSG) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no município de São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus).
Rede RHISA
Para o titular da Sedecti, Jório Veiga, a proposta com a plataforma da Rede RHISA chega para potencializar o uso da CT&I, junto às políticas públicas no estado e na Amazônia.
“Mapear, identificar e viabilizar incentivos de apoio para os pesquisadores do Amazonas, em especial, àqueles que estão no interior, irá contribuir com a construção de políticas públicas mais eficazes. Isso vai permitir um trabalho colaborativo e um melhor entendimento do que já é feito no Estado e na região amazônica. Dessa forma, iremos acelerar e potencializar o uso de CT&I em prol do desenvolvimento sustentável em nossa região”, enfatiza o secretário.
A secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede RHISA, destaca que a iniciativa surge no intuito de valorizar e articular as redes de pesquisadores que estão na Amazônia.
“É uma rede que visa valorizar a inteligência na Amazônia, além de articular essa inteligência em diversos setores, seja com as comunidades de base, seja o terceiro setor, nas diversas esferas de governo, no setor privado e nos bancos de investimento. Por isso é importante entendermos e fomentarmos essa interlocução da capital com o interior”, destaca a secretária.
Centros regionais de pesquisa
A programação em São Gabriel da Cachoeira será a primeira de uma série de atividades que as organizações desenvolvedoras da Rede RHISA realizarão neste ano em pelo menos 11 municípios do Amazonas. A ideia é apresentar as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas, a fim de formar uma densa rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação regional, para a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.
Além de São Gabriel, as mobilizações da Sedecti e Instituto Acariquara irão ocorrer também nas cidades de Tabatinga, Tefé, Coari, Lábrea, Humaitá, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Itacoatiara, Itapiranga e Silves.
Essas cidades foram escolhidas por serem centros regionais e concentrarem equipes de pesquisadores, pela presença de unidades de instituições de ensino e pesquisa públicas, como a UEA, Ufam e Instituto Federal do Amazonas (Ifam), além da presença efetiva das organizações do terceiro setor e empreendimentos de economia social e solidária que atuam no âmbito do desenvolvimento sustentável.
Rede de soluções
Ponto focal da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) na Ufam e coordenador técnico da Rede RHISA, o professor Henrique Pereira destaca que a iniciativa contemplará estratégias de comunicação e de informação, que serão imprescindíveis para facilitar o contato e o diálogo entre os atores.
“Com essa interlocução, vamos revelar quem são essas pessoas, onde elas estão e o que elas estão produzindo em termos de inovação tecnológica na região, em prol do desenvolvimento sustentável. Vamos convergir tudo isso em uma plataforma que vai ajudar a impulsionar a possibilidade de novos arranjos produtivos na Amazônia”, explica o professor.
Com isso, a Rede RHISA pretende contribuir para a consolidação das infraestruturas físicas e dos recursos humanos locais, viabilizando a produção e a difusão do conhecimento, enquanto promove a conexão entre os cientistas e suas produções com as empresas, governos e organizações da sociedade civil, tanto as do terceiro setor, como as organizações de base.
Para mais informações sobre a Rede RHISA, basta acessar o site: https://rhisa.org/