A espécie foi nomeada como Neorhinotora fapema, uma homenagem à Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão (Fapema).
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Campus Caxias, por meio do grupo de pesquisa liderado pelo professor Francisco Limeira de Oliveira e das doutorandas Geniana Reis e Alice Tôrres (PPG-BioNorte), em parceria com a pesquisadora Rosaly Ale Rocha, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amanzonia (Inpa), descobrem mais uma espécie nova de mosca na área periurbana do município de Caxias.
A espécie foi nomeada como Neorhinotora fapema, uma homenagem à Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão (Fapema), nome dado pelos pesquisadores, como forma de reconhecimento aos serviços prestados pela agência de fomento.
Limeira explica que essa nova espécie – da família ‘Heleomyzidae’ – nunca teve contato com a espécie humana, uma vez que as espécies deste grupo moram no dossel ou copa da vegetação, geralmente a cerca de 30 metros de altura em relação ao solo. “Esta espécie, normalmente não explora o estrato inferior da vegetação”, disse o pesquisador.
“Estamos desenvolvendo uma pesquisa em que temos a oportunidade de coletar vários outros grupos de insetos que naturalmente vivem no dossel, cerca de 20 e 30 metros de altura. Essas descobertas têm trazido dados inéditos para a ciência e consequentemente para a humanidade. Isso nos permite elucidar e trazer à luz para a sociedade em diversos aspectos, através da descoberta dessas novas espécies de moscas”,
esclarece o professor Limeira.
Limeira revela que existem mais descobertas na Reserva Ecológica do Inhamum. “Contamos com quatro gêneros novos de moscas excepcionais que vivem nesta região, que habitam o estrato superior da vegetação. Algumas dessas descobertas feitas na REI, também tiveram suas ocorrências registradas no Parque Estadual de Mirador, Reserva Biológica do Gurupi, bem como no Parque Nacional da Chapada das Mesas e, mais recentemente, nos estados do Piauí e Ceará”, confirma o professor.
Ele aponta, ainda, que aconteceram várias linhas de investigação científica feitas em diversos ecossistemas do Maranhão, Piauí e Ceará, mas a descoberta dessa espécie é totalmente maranhense e aconteceu na Reserva Ecológica do Inhamum, próximo à cidade de Caxias.
A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através dos projetos PROTAX (ACT-04819/21) e PELD (ACC-05855/21).
