Amazonas tem abrandamento do fenômeno e Amapá registra condição mais branda entre Estados do Norte.
Na comparação entre novembro e dezembro de 2023, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno em cinco dos sete estados da Região Norte: Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No sentido oposto, o Amazonas teve abrandamento do fenômeno com a redução da área com seca extrema de 17% para 15% nesse período. Em seu mês de entrada no Mapa do Monitor, o Amapá teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte somente com o registro de seca fraca.
Em termos de áreas com seca, cinco estados do Norte tiveram seca na totalidade de seus territórios: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já no Pará a área com o fenômeno caiu de 100% para 98% do estado. No caso do Amapá houve seca fraca em 45% de seu território e o restante do Amapá ficou livro do fenômeno. A seguir estão os destaques por estado da região.
Cenário nacional
Entre novembro e dezembro de 2023, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em dois estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas e Sergipe. Em 15 unidades da Federação a seca ficou mais intensa no período: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já em São Paulo o fenômeno voltou a ser registrado em dezembro.
A seca ficou estável, em termos de severidade, em cinco estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno. O Amapá entrou no Mapa do Monitor com seca fraca em parte de seu território e, assim, o Monitor passa a cobrir 100% do território nacional.
Na comparação entre novembro e dezembro, três estados registraram diminuição da área com seca: Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Por outro lado, em cinco estados houve o aumento da área com o fenômeno: Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No caso de São Paulo aconteceu o retorno da seca em dezembro.
Em outras 14 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em dezembro, enquanto no Amapá ainda não é possível fazer comparações sobre a variação da área com seca, já que o estado entrou no Mapa do Monitor no próprio mês de dezembro.
Treze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em dezembro do ano passado: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 20% a 98%
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, em dezembro, a área com o fenômeno foi de 7,35 milhões de km², o equivalente a 86% do território brasileiro.
Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.