Especialistas atribuem o calor excepcional ao El Niño, aquecendo o oceano Pacífico e impactando nas chuvas e temperaturas em diferentes partes do Brasil.
De acordo com um estudo feito pelo Núcleo Geoambiental da Uema (Nugeo), as últimas semanas do ano vão se destacar pelas altas temperaturas em todo o Brasil, especialmente no nordeste, com termômetros acima de 24ºC. Segundo o núcleo, por conta da distribuição desigual de chuvas, marcará este período com variações significativas entre o norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil.
O meteorologista Hallan Cerqueira, alerta para o déficit no sul do Maranhão – Estado que faz parte da Amazônia Legal – devido ao El Niño, prejudicando a agricultura.
“Já estamos com um déficit significativo no sul do Maranhão por conta do fenômeno de El Niño, onde, por exemplo, a agricultura já está sendo prejudicada, porque geralmente é nessa época do ano que os agricultores começam os primeiros plantios e as chuvas estão abaixo da média normal, justamente em função do El Niño”,
explica o meteorologista.
Especialistas atribuem o calor excepcional ao fenômeno El Niño, aquecendo o oceano Pacífico e impactando nas chuvas e temperaturas em diferentes partes do Brasil. Quanto a previsão de retorno a normalidade do período chuvoso, não há projeções claras, tornando desafiadora qualquer previsão precisa devido às influências do El Niño.
O Núcleo Geoambiental da Uema (Nugeo) é o único centro formador de recursos humanos, gerador e disseminador de informações e conhecimentos técnico científicos de geoprocessamento, meteorologia e recursos hídricos do Maranhão.
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