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Sexta, 03 Mai 2024

Desmatamento da Amazônia em Mato Grosso registrou queda de 13,9% em um ano

Segundo dados do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), Mato Grosso registrou queda no índice de desmatamento de até 13,9%, entre o período de 1 de agosto de 2021 a 31 de julho de 2022.

O mapeamento do Prodes é feito com base em imagens dos satélites Landsat-8 e Landsat-9, da Nasa, e imagens complementares do Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. 

Considerado o relatório mais preciso para medir as taxas anuais, o levantamento demonstrou que o desmatamento da Amazônia caiu pela primeira vez desde 2017.

Fiscalização ambiental. Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Os Estados que mais puxaram a queda do índice foram Pará e o Mato Grosso, tradicionalmente aqueles que mais desmatam, com quedas de 20,9% e 13,9%, respectivamente.

Essa redução se deve ao esforço coletivo em combater o desmatamento ilegal, com investimento tecnológico e capacitação e aquisição de materiais para fiscais em campo, explica o coordenador de Monitoramento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Andre Dias Pereira. 

"A metodologia criada pela SEMA, através do uso de geotecnologias e utilização de alertas derivados de imagens de alta resolução, adquiridas com Recursos do Programa REM, permite a gestão eficiente dos dados, mobilização das equipes de forma mais efetiva e integrada, e consequentemente, resulta em ações de fiscalização mais rápidas, permitindo, em muitos casos, impedir o desmatamento logo no início", pontua Andre.

Adquirida pelo REM MT em 2019, a plataforma Planet monitora o desmatamento em tempo real em Mato Grosso. A ferramenta utiliza a tecnologia da constelação Planet Scope, com mais de 130 satélites que diariamente captam imagens do Estado.

André Dias é coordenador de Monitoramento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Foto: Reprodução/REM MT

Tolerância zero ao desmatamento ilegal 

Em maio deste ano, o governador Mauro Mendes anunciou o investimento de R$ 77,4 milhões no combate aos incêndios e desmatamento ilegal em 2023. Segundo lista André Dias, o Estado está atuando:


  •  No fortalecimento das ações de fiscalização e responsabilização ambiental, através da disponibilização de recursos para aquisição de insumos utilizados no processo de monitoramento e planejamento da fiscalização ambiental; realização das operações de fiscalizações em campo; realização de autuações remotas; inclusão dos devedores de multas ambientais no cadastro de dívida ativa do Estado; e divulgação na mídia para conscientização da população;
  •  No compartilhamento das autuações com a Polícia Civil (DEMA) e Ministério Público Estadual (MPE), para encaminhamentos quanto à responsabilização civil e criminal;
  • No fomento à legalidade, com aumento expressivo de áreas autorizadas.

Esforço coletivo dos fiscais 

O trabalho dos fiscais ambientais também é primordial para reduzir o desmatamento. In loco ou remotamente, a presença deles inibe a ocorrência de práticas ilegais, mediante a consciência de que existem ferramentas e recursos para um efetivo monitoramento e planejamento das ações de fiscalização e responsabilização.

"A busca constante por realização da fiscalização e responsabilização com a maior brevidade possível, possibilita também a realização dos flagrantes, a perda dos bens materiais utilizados nas práticas ilegais, impedimento da continuidade do dano ambiental, cujos resultados são imediatos e também de médio e longo prazo, mediante a percepção de que os infratores sofrem prejuízos com a perda dos bens materiais, os danos ambientais maiores são evitados e os embargos sobre as áreas impedem atividades e ganho econômico enquanto não houver a regularização, neste sentido, acaba forçando o infrator a requerer a regularização ambiental", explica André. 

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