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Quinta, 18 Abril 2024

Conselho Gestor do Mosaico Jalapão deve ser criado em até 90 dias em Tocantins

Conselho Gestor do Mosaico Jalapão deve ser criado em até 90 dias em Tocantins
Foto: Fernando Alves/Governo do Tocantins
Noventa dias é o prazo para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) criarem o Conselho Gestor do Mosaico Jalapão. O objetivo é servir de instrumento de gestão integrada e participativa. Tem a finalidade de ampliar as ações para além dos limites das Unidades de Conservação (UC), de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional.
A Portaria nº 434, publicada no dia 30 de setembro deste ano, reconhece uma área de quase três milhões de hectares como o Mosaico do Jalapão. A área abrange nove UCs nos estados da Bahia e do Tocantins. Um mosaico abrange unidades próximas, justas ou sobrepostas, pertencentes a diferentes esferas de governo ou de gestão particular. Os próximos passos do projeto devem ser definidos esta semana.

No caso do Jalapão, três UCs estão sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), duas do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), duas do Naturatins, uma do município de São Félix do Tocantins e outra sob gestão privada, que é a Reserva Particular do Patrimônio Natural Catedral do Jalapão.

Com o Jalapão, o Brasil passa a ter 15 mosaicos reconhecidos oficialmente. A integração entre as unidades de conservação que compõem cada um deles é feito por meio de um conselho consultivo, formado por representantes do poder público, de organização não governamental, de instituição de ensino e pesquisa e da comunidade, entre outros.

Região estratégica

Inserida no bioma Cerrado, a região abriga as nascentes de afluentes de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: Tocantins, Parnaíba e São Francisco, o que transforma o Jalapão em uma região estratégica para o País. A presença de animais ameaçados de extinção, como o pato mergulhão, Mergus octosetaceus, desperta o interesse de cientistas de várias partes do mundo.

O extrativismo e o artesanato também representam importantes alternativas de renda e são elementos-chave para o desenvolvimento sustentável das comunidades da região, que mantêm um modo de vida tradicional, utilizando principalmente os frutos, o capim dourado e a palha do buriti para sua produção.

Projeto

O Projeto do Jalapão, responsável pela mobilização que culminou com o reconhecimento, reuniu gestores das UCs, a comunidade e os setores produtivos locais, acompanhados pelo ICMBio e pelo MMA, em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).

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