Águia-cinzenta resgatada e levada para Santuário no Mato Grosso é considerada ‘em perigo’ pela IUCN

A ave ficará em um recinto de reabilitação até estar apta para voltar à natureza.

Uma águia-cinzenta, animal ameaçado de extinção, foi resgatada no município de Ribeirão Cascalheira e levada, pela Gerência de Fauna Silvestre da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), no Mato Grosso, para um recinto de reabilitação no Santuário dos Elefantes, onde treinará voo até estar apta a voltar à natureza.

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A ave apareceu em uma residência em Ribeirão Cascalheira e foi cuidada pela proprietária, que é bióloga, até ser levada para uma clínica especializada. Os exames não constataram nenhum problema em sua estrutura física e certificaram que o animal estava com a saúde preservada.

Foto: Karla Silva/Sema MT

O recinto construído no Santuário dos Elefantes tem a finalidade de dar o espaço necessário para que aves possam desenvolver a muscular peitoral e alcancem voos mais longos – um dos protocolos de reabilitação que permitirá a volta a seu habitat natural. Não há previsão de soltura.

A espécie 

A espécie Urubitinga coronata, conhecida popularmente como águia-cinzenta, é uma ave grande, sendo que o adulto pode chegar 85 centímetros e pesar até 3,5 kg. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o animal está listado na categoria Em Perigo.

De acordo com o Gerente de Fauna Silvestre da Sema, Waldo Troy, que destinou a ave ao Santuário dos Elefantes, a espécie é difícil de ser encontrada.

“Segundo pesquisadores, é uma das maiores aves de rapina da América do Sul, sendo mundialmente ameaçada de extinção. Apesar de rara de ser avistada, a águia-cinzenta pode ser encontrada no Brasil, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, na Argentina, Paraguai e Bolívia”, 

explica.

Tamanduás Filhotes

Foto: Karla Silva/Sema MT

Dois filhotes de tamanduá também foram levados ao Santuário dos Elefantes no mesmo dia da águia, para reabilitação. Um tamanduá-bandeira macho foi encontrado em uma residência em Cuiabá. 

O tamanduá-mirim fêmea foi uma entrega voluntária e encaminhado a Sema pela Rota do Oeste. Devido a pouca idade, eles ficarão no local até ter condições de voltar à natureza.

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