“Ajudando elefantes a serem elefantes de novo” é o lema da associação que resgata e cuida de elefantes no Brasil.
Responsável por cerca de 20% de toda a diversidade de fauna do planeta, a Amazônia é mundialmente conhecida pela sua biodiversidade. São cerca de 30 milhões de espécies de animais, sem contar as que ainda não foram catalogadas.
Onças, cobras, macacos, são animais populares na região. No entanto o tráfico ou exploração animal já levou para a Amazônia animais que não são possíveis encontrar de maneira natural, como os leões.
Outro animal que não é natural da região, mas que é possível encontrar na Amazônia Legal é o elefante. Existe, inclusive o Santuário dos Elefantes no Brasil (SEB).
A associação sem fins lucrativos se instalou em Mato Grosso em setembro de 2016. Confira o trabalho dessa organização:
O tráfico de animais para fins de ‘diversão’ em circos e outros lugares ainda é uma realidade. No mundo, ainda existem milhares de elefantes em cativeiro, sofrendo com abusos, má alimentação, que afetam a saúde física e a mental dos animais.
Mais recentemente, afirmativas como o santuário dos elefantes têm surgido com o intuito de resgatar esses animais em situação de risco e oferecem os cuidados necessários para que os elefantes possam se recuperar.
Por que a Amazônia brasileira?
De acordo com dados divulgados pela Associação, análises foram realizadas para verificar a viabilidade do projeto na região, devido ao crescente número de elefantes desalojados na América do Sul.
“Além do clima e topografia ideais encontrados na Chapada dos Guimarães (MT), a região oferece também cursos d’água intocados e vegetação exuberante, ideais para elefantes africanos e asiáticos, um conjunto de fatores que permite que os elefantes fiquem soltos durante todo o ano, eliminando a necessidade da construção de galpões aquecidos para protegê-los no inverno”
detalha a descrição do projeto no site oficial.
Outro componente fundamental é devido ao solo ser sólido e holístico, com uma grande diversidade natural.
Conheça as atuais moradoras do santuário:
Bambi
Com 58 anos, Bambi chegou ao santuário em setembro de 2020. Viveu no circo por mais de 40 anos e depois foi apreendida e enviada para zoológicos. Apesar de ser asiática, Bambi tem vários comportamentos de uma fêmea africana, com o jeito de andar e se movimentar.
Lady
Dos 50 anos de sua existência, Lady viveu no circo por cerca de 40 anos. Foi confiscada e enviada para um zoológico onde viveu por seis anos. Suas patas estão em condições péssimas, o que provavelmente ocasionou a doença que possui em suas articulações.
Maia
Maia era a elefanta mais nova do santuário, com 48 anos. Passou 30 anos no circo. Foi confiscada e, sem ter para onde ir, foi mantida acorrentada em uma fazenda por cinco anos.
Mara
Mara chegou ao santuário em maio de 2020. Apesar de ter tido um comportamento agressivo no passado, gosta de vocalizar e é bastante amigável.
Rana
Com 60 anos, Rana também gosta de vocalizar quando sai do celeiro, após seus tratamentos. Viveu no circo por cerca de 40 anos e por dois anos, seu paradeiro não foi identificado até ser enviada para um zoológico na costa brasileira, onde ficou por sete anos.
Recém chegadas
Depois de viajarem 3.600 km, de Mendoza, na Argentina, até a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, as elefantas Pocha e Guillermina chegaram a seu novo lar no Santuário de Elefantes Brasil. Pocha e ‘Guille’ são fêmeas asiáticas, mãe e filha, que residiam no Ecoparque de Mendoza. Pocha tem 55 anos e Guillermina tem 22 anos.
Veja como foi a trajetória das duas para chegar ao santuário:
Adote um elefante
Por ser uma associação sem fins lucrativos, o SEB recebe duas renomadas organizações internacionais de defesa e estudo dos elefantes: ElephantVoices e Global Sanctuary for Elephants.
Porém, caso alguém esteja interessado em “apadrinhar” um elefante, pode doar um valor mensal para manutenção do cuidados das espécies.