Ação do ICMBio ocorre em parceria com moradores de comunidades ribeirinhas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e na Floresta Nacional do Amapá.v
A 3ª ‘Campanha de Monitoramento de Quelônios Amazônicos’ começou no mês de setembro. O objetivo é o repovoamento da espécie na área, que tem incidência de caça ilegal.
Segundo a bióloga Sabrina Menezes, a ação busca coletar informações sobre o período de reprodução do tracajá. “Esse trabalho pode trazer informações adequadas para realizar o manejo e gestão, que são tão importantes para a conservação dessas espécies”, descreveu a bióloga.
Os moradores que participam da iniciativa contribuem com o conhecimento tradicional que têm sobre a biodiversidade da área protegida. Eles identificam os ninhos e pontos de desova no Rio Amapari.
A analista do ICMBio, Fernanda Colares, destacou que são levantados dados como número de praias, ninhos, nascimentos e ninhos predados por ação humana ou natural.
“A campanha tem como espécie-alvo o tracajá. Esse período de setembro até dezembro é o período de reprodução dessa espécie, que é considerada vulnerável dentro das listas de espécies ameaçadas de extinção”,
informou a analista.
As informações compõem um banco de dados nacional, que permite a análise contínua da biodiversidade na área. Com o monitoramento da espécie é possível identificar ameaças de caça predatória e a coleta de ovos para consumo e o comércio ilegal.
Na Floresta Nacional do Amapá são monitorados pontos de desova dos tracajás. Os ovos são realocados para a base da unidade de conservação até o nascimento e a soltura dos filhotes no alto Rio Araguari e Rio Falsino para o repovoamento da espécie.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, com apoio financeiro do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e com o apoio acadêmico do Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.