A denúncia é do jornal “O Estado de S. Paulo”, que teve acesso a documentos em poder de promotores brasileiros e venezuelanos. Segundo o diário, o repasse foi ordenado pouco depois da eleição de Maduro, em abril de 2013 – a campanha teria sido financiada com “caixa 2”.
Além disso, o presidente teria escrito nos documentos que os pagamentos eram “muy urgentes” (“muito urgentes” em espanhol). O jornal também afirma que os recursos não estavam no orçamento aprovado pela Assembleia Nacional.
Os fatos teriam sido revelados na delação premiada de Euzenando Azevedo, ex-diretor da Odebrecht na Venezuela. Parte dos recursos liberados por Maduro teria origem no Bndes, que financiou a obra da linha 5 do metrô de Caracas.
O governo da Venezuela não se pronunciou sobre a denúncia. Já a Odebrecht diz que está “colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua”, enquanto o Bndes alega que “não financia projetos no exterior, apenas a parcela relativa às exportações brasileiras”.