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Sábado, 20 Abril 2024

Nova técnica que quebra partículas da água e melhora a irrigação do café é desenvolvida em Cacoal

O uso inteligente da água é um dos diferenciais de uma propriedade de café da Zona da Mata de Rondônia. Essa é uma medida fundamental para melhorar a produtividade da lavoura.

Antes de chegar aos pés dos Robustas Amazônicos, a água passa por um processo simples, mas que ajuda a garantir que todas as plantas recebam a mesma quantidade de água e de nutrientes.

"Nós procuramos a melhor tecnologia para trazer para a Região Norte e essa aqui é a primeira a ser feita",

revelou o cafeicultor Juan Travain.
Processo de limpeza da água em propriedade de café. Foto: Armando Júnior

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"

A técnica usada na propriedade de Cacoal, em Rondônia, consiste em quatro etapas: 

  • quebrar as partículas da água em pedras;
  • decantar a sujeita da água em um tanque alto;
  • descer a água decantada para um tanque baixo;
  • puxar a água por canos elevados.

"Nós fazemos aqui um tratamento da água, porque nossa água tem muito ferro, muitas partículas ferrosas. Nesse tratamento, a água bate nas pedras, quebra as partículas e a parte sólida da água fica na primeira piscina, depois a água passa por cima e entra na outra piscina maior, onde a gente faz a captação da água também por cima"

explicou Juan.
Tanque de irrigação em propriedade de café. Foto: Armando Júnior

Fertirrigação 

Outro benefício apontado pelo cafeicultor com o uso da técnica é a possibilidade de, por meio dela, fazer uso da fertirrigação. "Com um sistema desse, a gente trabalha com a fertirrigação, então é importante ter o cuidado da água, do quanto de água eu estou entregando para cada pé de café", explicou Juan.

De acordo com a Embrapa, o sucesso da fertirrigação "depende da distribuição de água às plantas", que deve acontecer da forma mais uniforme possível.

"[Essa] é uma técnica que viabiliza o uso racional de fertilizantes na agricultura irrigada. [Ela] aumenta a eficiência do seu uso, reduz a mão de obra e o custo com máquinas, além de flexibilizar a época de aplicação, podendo ser fracionada conforme a necessidade da cultura", explica a Embrapa. 

*Por Thaís Nauara, Carol Brazil e Armando Júnior, do g1 Rondônia e Rede Amazônica

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