Capital da Primeira Infância: dos 132 anos de Boa Vista, nove tem sido de dedicação à fase mais importante da vida

Há 10 anos, pouco se sabia sobre a primeira infância e hoje, Boa Vista é referência no assunto.

“Os primeiros anos de vida são para sempre”, esta simples frase deu início a todo o processo de transformação de Boa Vista nos últimos anos. A cidade que, neste sábado, 9, completa 132 anos, vem desde 2013 trilhando uma trajetória de sucesso, sendo reconhecida no Brasil e no mundo como a Capital da Primeira Infância.

Foi através do Programa Família que Acolhe, que a gestão inovou o cuidado com a criança, da gestação aos seis anos de idade, fase considerada a mais importante da vida. Pouco se sabia sobre a primeira infância e Boa Vista hoje é referência no assunto. Foram mais de 25 mil gestações acompanhadas, ou seja, 25 mil crianças ganharam a chance de terem suas vidas transformadas, visando um futuro melhor.

Mais de 25 mil gestações acompanhadas através do Programa Família que Acolhe. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

A cozinheira, Ana Luíza da Cruz, 40 anos, encarou novamente o desafio de ser mãe em 2021, após 15 anos de sua última gestação. A pequena Valentina Nascimento, de nove meses de idade é sua terceira filha. Para ela, a nova experiência está sendo rica de aprendizados e vivências, que só o programa mais completo do Brasil poderia proporcionar.

“O FQA é como uma família. A gente se reúne todo mês para uma troca de experiências com outras mães. Nas minhas primeiras gestações eu não tinha tempo, sempre pagava alguém para cuidar, porque trabalhava fora. Com a Valentina é diferente, eu estou cuidando, acompanhando o crescimento, dando mais carinho e atenção. É como se fosse minha primeira gravidez, é a que realmente estou dedicando tempo e priorizando essa fase tão importante”, disse.

Cidade vem sendo construída sob a perspectiva de quem tem 95cm de altura, ou seja, uma criança de até 3 anos de idade. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

Capital da Primeira Infância: Projetando Boa Vista para os pequenos

Em se tratando da 11ª melhor capital brasileira para criar os filhos (Revista Exame), Boa Vista, de fato, tem uma estrutura que encanta os olhos de uma criança. Com ideias e parcerias importantes, como da fundação holandesa Bernard Van Leer, a cidade vem sendo construída e pensada visando a acessibilidade, lazer e o conforto dos pequenos (Projeto Urban95).

Só olhar ao redor e observar os detalhes: tem parquinhos infantis e espaços lúdicos nas creches, playgrounds com piso emborrachado nas escolas, abrigos de ônibus temáticos, praças reformadas e construídas com foco na primeira infância. O Hospital infantil está bem mais colorido e com a cara da criançada.

A população foi ainda presenteada com 14 Selvinhas Amazônicas implantadas em diversas áreas de lazer da cidade. Os animais gigantes são brinquedos modernos que estimulam o vínculo familiar e a interação social, além de ser fofo um bichinho da amazônia no meio de uma praça ou nos pontos turísticos da cidade.

Educação Infantil em Boa Vista segue as diretrizes da primeira infância. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

Caminhos da Primeira Infância: O projeto trouxe uma noção de cidade perfeita para os pequenos, hoje presente em quatro bairros: Nova Cidade, Cidade Satélite, Airton Rocha e Paraviana. Imagens ilustrativas, brincadeiras, e recursos lúdicos foram instalados em muros e calçadas, interligando escolas, postos de saúde, Cras, praças e abrigos de ônibus.

São brincadeiras com intencionalidade, que estimulam o vínculo afetivo das crianças e suas famílias, enquanto caminham pelas ruas e buscam serviços nos equipamentos municipais.

Currículo da Educação Infantil com foco na primeira infância: Hoje o Currículo da Educação Infantil, norteia um ensino mais lúdico para os alunos das creches e pré-escolas. As aulas ficaram mais divertidas, com brincadeiras e vivências que trazem grandes aprendizados, estimulam a socialização, fortalecem vínculos e formam caráter dos alunos na fase dos 2 aos 6 anos de idade.

Boa Vista: 11ª melhor capital brasileira para se criar os filhos. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

Formando profissionais para humanizar o atendimento: Servidores de todas as áreas, em especial da saúde, educação e social são capacitados para oferecer um atendimento diferenciado às crianças. Por isso, hoje temos Spa em posto de saúde (Aygara), Cras e escolas com espaços lúdicos para a criançada. São iniciativas que só existem onde tem pessoas com olhar direcionado para a primeira infância.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade