Novo mestrado da Uepa, com foco na Amazônia, é aprovado pela Capes

O mestrado integra o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia (PPGTEC) do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT)

Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia é o novo curso de pós-graduação strictu sensu da Universidade do Estado do Pará (Uepa), aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O novo mestrado acadêmico, com duração de dois anos, ofertará 16 vagas e tem previsão de implantação em 2021. O foco é interdisciplinar, com ênfase nas áreas de Engenharia, Gestão e Tecnologia.

O curso atende demandas de pesquisas acadêmicas em Ciência, Tecnologia e Inovação, não somente na região Norte do Brasil, mas também em estados que apresentam conectividade socioambiental no país e em países vizinhos. A produção acadêmica da própria região sobre estes temas ambientais ainda é considerada pequena se comparada a outras regiões. A proposta do mestrado visa a inserção social, por meio da realização de pesquisas científicas e tecnológicas que analisem como os ecossistemas amazônicos atuam e como eles influenciam em outras regiões, levando em consideração as especificidades e diversidade, com foco interligado ao gerenciamento e administração destes recursos na Amazônia.

Foto: Divulgação

O mestrado integra o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia (PPGTEC) do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT) e é motivado pela existência de três cursos de graduação: Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Florestal e Engenharia de Produção.

Para a diretora do CCNT, Eliane Coutinho, a relevância do novo curso de mestrado é o aumento do conhecimento científico sobre e para a região amazônica, além da ampliação de oportunidades aos graduandos das áreas tecnológicas e ambientais. “A Uepa tem a missão de formar mão de obra qualificada para o mercado, para a região amazônica, a qual ainda está com um número de mestrados e doutorados muito pequeno se comparado ao sul e sudeste do país. Com isso, cada pós-graduação aprovada, principalmente na área das engenharias torna-se estratégica para o estado, para conscientizar a população a fazer gestão e planejamento dos recursos oriundos do meio ambiente, que é essencial para sobrevivência, com sustentabilidade, do povo da Amazônia”, argumentou.

A estrutura do curso integra a área de concentração “Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade Amazônica” e possui duas linhas de pesquisas: “Desenvolvimento Sustentável” e “Gestão de Recursos Agroflorestais”. Para dar suporte a estas linhas, o Programa é composto por 16 disciplinas, sendo quatro obrigatórias e 12 eletivas. A coordenação é do professor doutor Alberto Carlos Lima e o quadro docente é formado por 12 professores permanentes e quatro colaboradores, todos pertencentes ao CCNT, com a finalidade e expertise interdisciplinar, facilitando a pesquisa diante da complexidade dos problemas ambientais.

Cooperação e intercâmbio – Atualmente, a Uepa conta com 133 cooperações, acordos e convênios de âmbito nacional e 25 internacionais, relacionando-se com países como Argentina, Canadá, Colômbia, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, França, Guiana Francesa, Irlanda, Peru, Polônia, Portugal e Ucrânia. No entanto, com a aprovação do novo mestrado em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia, existe a perspectiva de ampliação de novos convênios e cooperações técnicas, aumentando a produtividade acadêmica e a qualificação profissional.

O professor Renato Teixeira, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, afirma que o curso foi pensado visando o protagonismo na produção do conhecimento científico sobre a região amazônica, mas com foco na expansão desse conhecimento para o mundo. “O Estado do Pará é uma área onde questões socioambientais, como manejo, reposição do solo e água estão presentes no cotidiano de pesquisadores de diversas áreas. Esta nova pós-graduação vai expandir o conhecimento sobre as questões e levar para além da Universidade”, prevê.

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